Marítimo e FC Alverca entraram para esta partida com algo em comum: viviam uma fase menos positiva e, na pausa para seleções, ambas trocaram de treinador. Silas e Vasco Botelho da Costa foram os escolhidos e, provavelmente, sonharam com uma estreia em grande. O treinador forasteiro acabou por levar a melhor, com um triunfo por 1-2.

A partida, que começou com ligeiro atraso devido a um problema com a rede de uma das balizas, não podia ter tido melhor início para o conjunto ribatejano. Logo ao minuto dois, Anthony Carter, na sequência de um lançamento pela direita, penteou a bola na direção do primeiro poste e viu Fernando Varela, imponente, a cabecear para o fundo das redes.

O tempo ia passado e o pesadelo de Silas só se ia agravando. A turma da casa tinha mais bola, mas não materializava nada. Sendo assim, acabaram por voltar a sofrer. Brenner Lucas correu o campo todo no contragolpe e cruzou na direção de Anthony Carter. O avançado, subtilmente, desviou o esférico e bateu Gonçalo Tabuaço.

De orgulho ferido, os verde-rubros assumiram as rédeas e instalaram-se - quase por completo- no meio-campo rival. Fransérgio ainda assustou com um míssil que embarrou na trave, mas a inoperância ofensiva não permitiu que houvesse espaço para melhor.

Cruzar e rezar

Em período de descanso, Silas deixou o seu descontentamento bem patente e optou por mudar três peças. Carlos Daniel, Erivaldo Almeida e Pedro Empis para dentro do terreno de jogo, obrigando a uma mudança de estrutura.

As trocas trouxeram maior velocidade no momento ofensivo, mas existiu um factor que teimou em permanecer: a falta de inspiração. Os alverquenses entraram com um bloco defensivo mais retraído e o emblema madeirense insistiu nos cruzamentos, sem que apresentasse porte físico que realmente o justificasse.

Já dentro dos últimos 15 minutos de jogo, Alysson colocou a bola na própria baliza, mas Martim Tavares, que participou no lance, foi apanhado em fora-de-jogo. Ricardo Baixinho, árbitro principal, foi chamado a rever o lance e anulou o mesmo.

Este momento de paragem, somado a mais um problema com as malhas da baliza, foi um autêntico balão de oxigénio para o FC Alverca. Vasco Botelho da Costa aproveitou para introduzir Wilson Eduardo, que trouxe bastante mais qualidade com bola, ajudando a que a equipa pudesse respirar.

No largo período de descontos (15´), lá apareceu o golo dos da casa. Pedro Empis lançou um cruzamento teleguiado na direção do segundo poste e Igor Julião, destemido, cabeceou de forma potente, para encurtar a desvantagem.

O tento chegou numa fase tardia e já não houve tempo para mais. A turma de Alverca do Ribatejo somou a primeira vitória nesta II Liga e prolongou o mau começo do Marítimo (uma vitória em cinco jogos).