A França vai mesmo lutar pelo ouro olímpico diante do seu público. Na meia-final do torneio futebol em Paris 2024, os franceses deixaram pelo caminho a equipa do Egito, mas não ganharam para o susto.
Com o nulo ao intervalo, as emoções ficaram guardadas para o segundo tempo. Ainda que a França estivesse mais dominante, os egípcios chegaram de fininho à baliza dos anfitriões e conseguiram gelar o estádio Groupama. Mahmoud Saber (62') surgiu dentro da área, ganhou aos defesas gauleses e, com um remate à queima-roupa, fuzilou a baliza de Guillaume Restes, colocando o Egito na frente.
Em desvantagem no marcador, os franceses correram atrás do resultado e encostaram a equipa egípcia à sua baliza. Contudo, a bola insistia em não entrar. Prova disso foi o lance do minuto 75, onde Lacazette cabeceou ao poste direito da baliza de Hamza Alaa e, na recarga, Loic Badé cabeceou exatamente ao mesmo poste.
Tanta insistência, porém, acabaria mesmo por dar golo. A experiência da frente de ataque gaulesa falou mais alto. Olise viu a desmarcação de Mateta (85'), isolou o antigo colega de equipa no Crystal Palace e, na cara de Alaa, o avançado de 27 anos não perdoou e empatou a partida.
Já no período de compensação, os egípcios ficaram perto de serem vítimas de um autêntico golpe de teatro. O VAR alertou o árbitro da partida, Said Martínez, para um possível penálti a favor da França. Após ver as imagens, o hondurenho manteve a sua decisão inicial: sem penálti para os franceses. Omar Fayed tocou com a mão na bola, mas o árbitro entendeu que o central foi empurrado por Loic Badé. O jogo seguiu para prolongamento.
Fayed livrou-se do penálti, mas no tempo adicional não se livrou do cartão vermelho, que viu depois de levar o segundo amarelo após falta dura sobre Désiré Doué. A jogar com mais uma unidade, a França voltou a estar por cima e chegou à reviravolta. Olise cruzou para a ára egípcia, Sildillia ganhou nas alturas e passou para Mateta (99'), que voltou a ser herói e cabeceou para o 2-1 do conjunto de Thierry Henry.
Já aos 109 minutos, a formação gaulesa arrumou a questão e, num mau alívio da defesa adversária, Olise apareceu dentro da área para atirar rasteiro ao poste mais distante de Hamza Alaa e, assim, fazer o 3-1.
Foi de forma suada, mas a França vai mesmo discutir em casa o título olímpico no futebol, na final contra a Espanha, a vice-campeã de Tóquio 2020. A disputa do bronze vai ter duelo africano com o Egito a defrontar Marrocos.