A corrida Sprint do GP da Austrália de MotoGP foi árdua para Francesco Bagnaia. O quarto lugar final limita os danos, mas o piloto da Ducati ficou a 6,879s do vencedor Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) e teve muitas dificuldades para controlar a sua Desmosedici GP24 em Phillip Island.

O italiano afirmou: ‘Honestamente, não estou contente, mas, hoje, mais do que isto era impossível. Tentei gerir a situação, tentei melhorar o que eu estava a sentir esta manhã. Mas a modificação que tivemos na moto ontem, que estava a funcionar bem, hoje não estava a funcionar bem por causa do vento. O vento aumentou muito, e sair das curvas rápidas foi o maior problema. Eu estava a sentir muito que o vento me estava a empurrar para fora, e eu não estava a ter a dianteira bem no solo; eu estava a perder a dianteira nas curvas rápidas’.

Apesar de tentar mitigar os problemas, Bagnaia admitiu que na corrida Sprint a situação agravou-se: ‘Já esta manhã na qualificação, tentei mudar o pneu e pôr o duro para ter mais estabilidade, mas não estava a funcionar de todo. Por isso, tentámos algo para a corrida, mas o que era bom tornou-se pior, e o que era mau, foi o mesmo. Portanto, não demos um passo em frente, foi pior do que esta manhã’.

Em todo o caso, o campeão de 2022 e 2023 fez o melhor possível e já sabe como reagir para a corrida de amanhã: ‘Tentámos fazer o máximo, tentei encurtar a distância para o Jorge, mas corri demasiados riscos nessas duas ou três voltas, por isso precisei de abrandar um bocado e tentar fazer o máximo. Felizmente, vendo os dados, já entendemos e identificámos o que fazer para a corrida de amanhã. Tentaremos isso amanhã de manhã, e julgo que é algo bom’.

Embora reconheça que as sensações estão longe de serem as ideais, Bagnaia frisou que há a obrigação de reagir e tentar a aproximação a Martín: ‘Quando chegas à primeira curva, a entrar a 350km/h ou 360km/h, e começas a sentir que estás a perder a dianteira na curva 3, curva 8… não é a melhor sensação, mas estamos aqui para fazer o máximo, e temos de melhorar isso. Também porque estamos a lutar pelo título. Sabíamos que aqui o Martín poderia ser muito mais veloz, mas temos de tentar encurtar essa distância’.