GP EUA: Porque é que a McLaren não disse a Norris para devolver a posição a Verstappen

A McLaren explicou porque não pediu a Lando Norris para deixar passar Max Verstappen após a ultrapassagem fora de pista na curva 12, no Grande Prémio dos Estados Unidos, no domingo, que resultou numa penalização de cinco segundos ao britânico.

Verstappen estava por dentro na referida curva do Circuito das Américas, uma esquerda, e após o apex abriu a trajetória na saída e Norris, que estava ao lado do Red Bull, por fora (à direta do neerlandês, utilizou a escapatória para consumar a ultrapassagem.

Norris manteve a terceira posição até ao fim da corrida, mas os comissários aplicaram-lhe uma penalização de cinco segundos por sair de pista e ganhar vantagem, o que implicou a descida do britânico ao quarto lugar, atrás do seu rival pelo título. Sanção mais leve do que os habituais 10 segundos porque os comissários aceitaram que Norris não teve outra alternativa, senão sair de pista devido à trajetória de Verstappen.

No final da corrida ficou a saber-se que Lando Norris e a sua equipa, nas boxes, falaram brevemente sobre o piloto deveria devolver a posição ou não. Em caso afirmativo, o britânico, por dispor do carro mais rápido no momento, beneficiando da menor degradação dos pneus (menos voltas), provavelmente poderia ter feito outras tentativas para ultrapassar o Verstappen. No entanto, a McLaren, segundo o seu chefe, Andrea Stella, estava tão convicta de que Norris não seria penalizado que não viu razões para dizer-lhe para deixar passar Verstappen.

«Houve total concordância entre todas as pessoas envolvidas nesta interpretação: esta situação não precisava de ser investigada. E, na verdade, pensámos que a investigação deveria ser para Max [Verstappen], por empurrar Lando para fora da pista», explicou Stella.

«Foi isso que pensámos que iria acontecer quando vimos que o caso estava sob investigação», reforçou o mesmo responsável da equipa britânica.

«Aliás, dissemos imediatamente ao Oscar [Piastri] para se tentar aproximar até menos cinco segundos do Max, porque poderia haver uma posição em jogo», conclui o engenheiro italiano, de 53 anos.