O Rio Ave defronta este domingo o Benfica, às 18h, no Estádio da Luz. Apesar da elevada dificuldade, a equipa de Luís Freire mantém a esperança de surpreender um dos candidatos ao título.

"O Benfica é uma equipa muito dinâmica ofensivamente, com uma capacidade ofensiva elevada e que os adeptos apreciam. Em casa, venceu todos os jogos para o campeonato. A Liga dos Campeões é uma competição, o campeonato é outra. Estamos conscientes da qualidade do Benfica, uma das melhores equipas do campeonato, com jogadores reconhecidos mundialmente e o apoio de 60 mil adeptos. Apesar disso, o Rio Ave é uma equipa competitiva e trabalhadora, que se une nas dificuldades. No último jogo, com menos um jogador, conseguimos a vitória [Atlético para a Taça de Portugal]. Esta partida é uma oportunidade para nós e para os nossos jogadores, até porque o Rio Ave nunca venceu na Luz. Temos uma estratégia e um objetivo: disputar o jogo e, quem sabe, fazer história."

Em que ponto está o seu Rio Ave neste momento? O campeonato foi interrompido há algum tempo, houve seleções, e o Rio Ave jogou para a Taça, onde venceu o Atlético por 3-1 fora de casa após prolongamento...
"Este jogo será o quarto contra equipas que, teoricamente, devem ficar nos quatro primeiros lugares. Em nove jornadas, jogámos quatro vezes fora contra equipas deste nível – Sporting, FC Porto, Sp. Braga e agora Benfica. Nos restantes cinco jogos, perdemos apenas um, conseguimos vitórias, empates e passámos na Taça de Portugal. A equipa está a integrar jogadores que chegaram recentemente ao clube, oriundos de contextos diferentes. Para esta fase, estamos a cumprir o planeado e sabemos que a segunda metade da primeira volta será mais favorável para somar pontos. Este será o último jogo de dificuldade elevada até ao final da primeira volta. Não perdemos nos últimos dois jogos – empatámos com o Famalicão num jogo em que mostrámos grande personalidade e, para a Taça, superámos o Atlético."

O que será necessário fazer para o Rio Ave vencer o Benfica?
"No último jogo, empatámos com o Benfica em Vila do Conde. São épocas, grupos e rotinas diferentes. Este ano, sinto que temos mais condições com bola para criar oportunidades e ferir os adversários. Nos jogos recentes, temos criado várias oportunidades, mas faltou eficácia. Contra o Atlético, não criámos tantas, mas fomos eficazes. Esta eficácia será fundamental para o jogo de amanhã com o Benfica. Estamos cientes do desafio histórico que enfrentamos, mas vamos com personalidade para criar oportunidades e disputar o jogo."

O Benfica estará privado de dois jogadores importantes, o Vrousai e Martim Neto. Que impacto poderão ter estas ausências?
"São dois jogadores que habitualmente são titulares e têm estado bem. O João [Tomé] vai ocupar uma dessas vagas e já demonstrou estar à altura, sem sofrer golos e contribuindo para o ataque. Em relação ao Neto, temos alternativas no plantel. O grupo é unido e competitivo, e todos querem jogar na Luz, um palco que inspira qualquer jogador."

Como avalia os últimos jogos da equipa, nomeadamente com o Famalicão e o Atlético?
"Frente ao Famalicão, dominámos o jogo, com mais remates e oportunidades, sendo o guarda-redes adversário o melhor em campo. O jogo com o Atlético foi diferente, com várias mexidas na equipa e contexto distinto. Estes jogos trazem desafios variados, e a Taça ajudou-nos a manter o ritmo competitivo que, após uma paragem, é essencial para um jogo de exigência elevada como este contra o Benfica."