Para já, de futuro, só se falou no imediato… e em conjunto. No seio do Estrela da Amadora, o único pensamento reside em dar-se, finalmente, o pontapé na crise numa equipa que, garante o seu treinador, Filipe Martins, ainda antes de os amadorenses voarem até aos Açores, onde este sábado defrontarão o Santa Clara, tudo está a fazer em prol de ser feliz, necessita de retirar a pressão e carga mental e destaca a influência dos pesos pesados do grupo.

Na antevisão à sexta ronda da Liga, o técnico afirmou sentir-se apoiado, em particular pelos atletas mais experientes, num momento delicado. «Acho que o papel dos jogadores mais experientes dentro do balneário tem vindo, cada vez mais, a ser fundamental. Nas últimas semanas, senti muito os mais velhos a fazerem-se ouvir junto dos mais novos, a tirarem também essa carga de ter de ser sempre a voz do treinador a passar essa experiência», enalteceu.

«Tenho sentido cada vez mais essa voz que se calhar estava um pouco escondida, porque há muita gente que chegou nova», lembrou, numa fase em que a primeira vitória da época é tida como imperiosa na Reboleira num momento no qual Filipe Martins considera importante lembrar que há sempre aspetos positivos a ter em atenção.

«O Estrela não marcava dois golos há cinco meses, o que acaba por ser bastante positivo para uma equipa que só tinha marcado um golo nas quatro primeiras jornadas», ressalvou Filipe Martins, que elogiou o técnico adversário, Vasco Matos, seu antigo adjunto no Casa Pia e sobre o qual poderá deter uma ligeiríssima vantagem, relacionada com o sistema tático, há muito enraizado no caso do técnico dos insulares.

«Eu voltei a uma linha de quatro, portanto é possível que eu tenha um pouco mais de conhecimento das ideias dele do que ele das minhas neste momento. Mas também há outras coisas nas quais acho que ele (ndr: Vasco Matos) evoluiu no modelo de jogo e faz diferente como a estrutura, que no Santa Clara é diferente do que utilizávamos no Casa Pia», comparou, por fim.