Ex-diretor desportivo da W52-FC Porto acusou o antigo patrão da equipa de gastar "milhares de euros" nas "práticas dopantes"
acusações feitas ontem por Nuno Ribeiro que, em tribunal, assumiu que havia doping durante todo o ano na equipa de ciclismo, financiado e incentivado pelo patrão Adriano Quintanilha, "mestre da manipulação, que queria ganhar a todo o custo".
"É um grande aldrabão, que já destruiu duas ou três equipas. O que eu fazia era reforçar a equipa com os melhores, como o Joni Brandão. Não há nenhuma gravação a implicar-me. Aquilo que ele disse, foi uma encomenda, escrita pelo seu advogado, para não se espalhar ao comprido", afirmou ao nosso jornal o ex-patrão da W52-FC Porto.
O vencedor da Volta a Portugal em 2003 acusou Quintanilha de financiar e incentivar o doping na equipa, diz que sofreu "pressões e ameaças", e adiantou que foi abordado por por três vezes para que "assumisse a culpa", em troca do pagamento de dois mil euros por mês durante dois anos.
"Nunca tive dinheiro para o doping, nem instiguei ao seu uso. Foi e sempre o senhor Adriano que o fez. O senhor Adriano gastava milhares de euros a patrocinar essas práticas dopantes", acusou Nuno Ribeiro, de 47 anos.
O antigo ciclista, demonstrou arrependimento, em tom emocionado, pedindo ao tribunal que não lhe aplique uma pena privativa da liberdade: "Fui um fraco por ceder. Devia ter dito não. Sinto-me triste e arrependido. Sei o quanto errei e peço desculpa à sociedade, a todos, mas sobretudo aos meus atletas."
Além do ordenado, de acordo com Nuno Ribeiro, Adriano Quintanilha entregava dinheiro, mensalmente, aos ciclistas para pagarem as substâncias dopantes, que adquiriam através da internet, de farmácias ou de outras formas. O arguido explicou que, para "mascarar esses pagamentos", o antigo patrão da W52-FC Porto usava "ajudas de custo fictícias", com quilómetros ou despesas particulares, como almoços, nunca foram realizados, razão pela qual a defesa requereu o levantamento do sigilo bancário a uma conta da Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo, o clube na origem da W52 FC Porto, que seria usada para efetuar esses pagamentos.
Ribeiro contou ainda que "a generalidade" da W52-FC Porto "sabia que havia doping e que quem financiava era o senhor Adriano", sendo prática "regular durante toda a época", entre 2020 e 2022. "O do quero, posso, mando e pago. Ele sabia de tudo, queria ganhar a todo o custo e dizia: ‘pago para ganhar e ganho’. Atirava isso à cara dos ciclistas e ameaçava. O ambiente era infernal", declarou Nuno Ribeiro.
O ex-trepador frisou que nunca exigiu, incentivou ou forçou os ciclistas a tomarem substâncias dopantes, admitindo que iam falar com ele, designadamente, para perguntar como é que podiam "tomar doping" sem serem detetados. Ribeiro garantiu que nunca usou a sua ascendência profissional para que os ciclistas "tomassem doping."
Adriano Quintanilha, em declarações a Record, manifestou-se indignado com as "É um grande aldrabão, que já destruiu duas ou três equipas. O que eu fazia era reforçar a equipa com os melhores, como o Joni Brandão. Não há nenhuma gravação a implicar-me. Aquilo que ele disse, foi uma encomenda, escrita pelo seu advogado, para não se espalhar ao comprido", afirmou ao nosso jornal o ex-patrão da W52-FC Porto.
O vencedor da Volta a Portugal em 2003 acusou Quintanilha de financiar e incentivar o doping na equipa, diz que sofreu "pressões e ameaças", e adiantou que foi abordado por por três vezes para que "assumisse a culpa", em troca do pagamento de dois mil euros por mês durante dois anos.
"Nunca tive dinheiro para o doping, nem instiguei ao seu uso. Foi e sempre o senhor Adriano que o fez. O senhor Adriano gastava milhares de euros a patrocinar essas práticas dopantes", acusou Nuno Ribeiro, de 47 anos.
O antigo ciclista, demonstrou arrependimento, em tom emocionado, pedindo ao tribunal que não lhe aplique uma pena privativa da liberdade: "Fui um fraco por ceder. Devia ter dito não. Sinto-me triste e arrependido. Sei o quanto errei e peço desculpa à sociedade, a todos, mas sobretudo aos meus atletas."
Além do ordenado, de acordo com Nuno Ribeiro, Adriano Quintanilha entregava dinheiro, mensalmente, aos ciclistas para pagarem as substâncias dopantes, que adquiriam através da internet, de farmácias ou de outras formas. O arguido explicou que, para "mascarar esses pagamentos", o antigo patrão da W52-FC Porto usava "ajudas de custo fictícias", com quilómetros ou despesas particulares, como almoços, nunca foram realizados, razão pela qual a defesa requereu o levantamento do sigilo bancário a uma conta da Associação Calvário Várzea Clube de Ciclismo, o clube na origem da W52 FC Porto, que seria usada para efetuar esses pagamentos.
Ribeiro contou ainda que "a generalidade" da W52-FC Porto "sabia que havia doping e que quem financiava era o senhor Adriano", sendo prática "regular durante toda a época", entre 2020 e 2022. "O do quero, posso, mando e pago. Ele sabia de tudo, queria ganhar a todo o custo e dizia: ‘pago para ganhar e ganho’. Atirava isso à cara dos ciclistas e ameaçava. O ambiente era infernal", declarou Nuno Ribeiro.
O ex-trepador frisou que nunca exigiu, incentivou ou forçou os ciclistas a tomarem substâncias dopantes, admitindo que iam falar com ele, designadamente, para perguntar como é que podiam "tomar doping" sem serem detetados. Ribeiro garantiu que nunca usou a sua ascendência profissional para que os ciclistas "tomassem doping."