Depois da noite de sonho no Santiago Bernabéu a meio da semana, com vitória por 3-1, o Milan regressou à Serie A e as coisas não começaram bem no terreno do Cagliari, que se adiantou no marcador logo aos 2 minutos, por Zortea. Rafael Leão ainda virou o resultado, mas aconteceu mesmo a descida abrupta do céu ao inferno para a equipa de Paulo Fonseca, que voltou a consentir o empate, colocou-se novamente na frente e já bem perto do fim sofreu o golo do empate.
Mas fica o registo para mais uma jornada em que Rafael Leão esteve imparável depois do castigo do treinador e de alguns jogos a ficar no banco dos suplentes e a ser lançado apenas nas segundas partes – aconteceu com o Monza (1-0) e com o Nápoles (0-2). O avançado português aproveitou passe fantástico de Reijnders por cima de toda a defesa e com o pé direito fez um chapéu perfeito a Alen Sherri, que nada podia fazer para evitar o golo.
O Milan, com um ataque muito dinâmico, com permanentes trocas entre os seus jogadores mais adiantados tomava conta do jogo e foi novamente Rafael Leão a marcar: com uma força física impressionante, suportou a carga de Palomino, com técnica apuradíssima tirou o guarda-redes do caminho e assinou a reviravolta. Mais um grande momento.
Mas aos 53 minutos há um erro clamoroso de Fofana a colocar a bola nos pés de Zapa, que voltou a colocar o marcador empatado. Sentia-se que o Milan voltava a cometer demasiados erros para se colocar a salvo de um Cagliari que nunca baixou demasiadamente as suas linhas, foi sempre atrás do jogo e nunca deixou Paulo Fonseca confortável.
Mesmo quando Abraham, que ficou no banco, marcou o terceiro mal entrou, devolvendo a vantagem ao Milan, aproveitando bom passe de Pulisic. No início da jogada, mais uma vez Rafael Leão a fazer a diferença, recuperando a bola e lançando os homens da frente para o lance do golo.
O Cagliari foi sempre uma equipa ambiciosa, não se refugiando atrás, mas procurando sempre ferir o Milan. E ao minuto 79 risco máximo, com Davide Nicola a fazer entrar Marin, Lapadula e Pavoletti. Resposta imediata de Paulo Fonseca, que assumiu que o mais importante era levar os três pontos para Milão e a tirar Rafael Leão, Pulisic e Emerson Royal a a lançar Tomori, Okafor e Musah.
Compensou o risco e o justo prémio chegou aos 89 e novamente com Zapa a marcar. Que grande jogo!