Rodri, vencedor da Bola de Ouro, concedeu uma entrevista à France Football a propósito do galardão que muito deu que falar, perante o boicote do Real Madrid, e não fugiu a esse tema marcante da cerimónia.

«Que querem que diga? Que teria preferido que estivessem todos presentes? Claro que sim. Faltaram o segundo, o terceiro, o quarto, etc. Queremos que todos os melhores jogadores do planeta estejam presentes numa noite como esta», começou por dizer, numa alusão a Vinícius Jr., Belligham e Dani Carvajal.

«A melhor equipa do ano não foi à cerimónia, apesar se ter sido coroada com o melhor treinador [Carlo Ancelotti] e máximo goleador [Mbappé]. Tenho de respeitar a decisão de cada um, ainda que eu não tivesse agido da mesma maneira. Mas eles fazem o que lhes apetece», sublinhou.

O médio do Manchester City comentou ainda a situação de Vinícius, apontado como forte candidato ao prémio. «Passavam-me muitas coisas pela cabeça. Em comparação com o ano passado, desta vez talvez tivesse uma verdadeira oportunidade, e estava à espera de ouvir o meu nome. Além disso, foi especial porque foi no momento em que parte da multidão gritava outro nome», recordou.

«Quando ouvi George Weah dizer o meu nome, enterrei a cara nas mãos, não conseguia acreditar. Olhei para a minha família, para os meus amigos, para os meus companheiros de equipa, e depois tentei com todas as minhas forças chegar ao palco, com as minhas muletas», acrescentou o internacional espanhol, que se encontra a recuperar de uma rotura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.