Depois de duas semanas dedicadas aos compromissos das seleções nacionais, o futebol português está de volta e logo com direito a 3ª eliminatória da Taça de Portugal, que arranca com a visita do Sporting ao Portimonense. Rúben Amorim, técnico leonino, fez, esta quinta-feira, a antevisão da partida, em conferência de imprensa, e abordou diversas vezes a saída de Hugo Viana - e os rumores -, o polémico vídeo de Gyokeres e olhou para este jogo em Portimão.
Antevisão: «Sabemos que a Taça é sempre imprevisível. Não nos esquecemos do que aconteceu com o Varzim. Vamos fazer alguma gestão, por causa dos jogos das seleções, mas houve jogadores que fizeram o tempo perfeito. Por exemplo, o Quenda teve um jogo de 82 minutos, depois só 30. Está pronto para jogar. O Maxi Araújo fez os dois jogos e torna-se complicado usá-lo o tempo todo. Seria importante treinar mais tempo com a equipa. O Portimonense fez uma equipa para subir, não vive o melhor momento. O Ricardo Pessoa tem uma variação na sua construção, uma equipa com o Paulo Vítor forte no um contra um, avançados possantes, o Banza sem sabermos bem onde vai jogar. Não queremos facilitar nada. Ainda não ganhámos a Taça de Portugal, queremos muito ganhar, viver aquele momento da final da Taça. Queremos voltar ao Jamor.»
Regressos de lesão: «Penso que o Marcus poderá estar apto, o Jer poderá fazer alguns minutos, mediante o desenrolar do jogo, o Pote ainda não vai a jogo, Matheus Reis não vai a jogo, o Inácio vai a jogo porque também não temos muitas soluções.»
Novela Manchester City: «Isso são rumores. O Viana será sempre um grande amigo meu, mas obviamente o percurso profissional será diferente um dia. Uma coisa, não leva à outra. O grande foco é que nada mudou no Sporting. Ele só sai no fim da época. Até lá, trabalha como diretor desportivo. Há apenas uma preparação para a saída dele. O Viana era o principal a querer que não se soubesse isto nesta altura, mas os clubes assim entenderam. Nada mudou. O que interessa é ganhar os nossos jogos. Não posso controlar o que vão dizer ou perguntar. Obviamente que o Viana, na semana do City, não estará disponível para ir ao balneário, porque o vou deixar um pouco de fora, para não criar conflitos [risos]. De resto, vai manter-se tudo igual. Isto saiu mais cedo para não criar uma novela. Acontece em todas as empresas. O Viana quer ganhar mais do que toda a gente ao Manchester City. Nada se vai mexer na nossa estrutura.»
Baliza: «O Vlad vai iniciar o jogo. Tem recuperado e treinado bem. Vai a jogo.»
Centrais: «Vão ser os dois convocados [Lucas e Bruno]. Fiquei muito contente com a forma de estar deles. O João Pereira fez um trabalho excelente e acho que temos coisas muito parecidas na dinâmica da linha defensiva, o que ajuda na transição. Poderão jogar amanhã.»
Possível sucessor de Guardiola: «Não falámos nada sobre isso. São caminhos diferentes. Apenas temos uma relação profissional, que não se vai manter para sempre.»
Vídeo de Gyokeres: «Reagi com normalidade. Obviamente como treinador do Sporting, não é a coisa mais saudável para o atleta. Mas temos que ver o outro lado. Estavam na folga e são homenzinhos para fazer as suas escolhas. São jovens e passam os anos de fazer experiência a jogar e treinar. Às vezes têm que fazer estas coisas, para viver. Ele, como todos os outros, às vezes tem que cometer um ou outro excesso. Se o fizer a cumprir o regulamento do clube, muito bem. Se não, aí terei que intervir. Sendo jovem, tem que ter esse espaço.»
Gyokeres e Haaland podem jogar juntos? «Foco está no Sporting e jogo com o Portimonense. Joga bem é com o Trincão, Pote e o Conrad. Espero que venha pronto, porque temos uma sequência de jogos importantes.»
Diomande e Quaresma: «Os outros estão um bocadinho mais perto. O Ousmane como foi traumático, temos que ver dia a dia. Ainda está mais incerto. O Quaresma ainda vai demorar um bocadinho, porque teve outro problema.»
Regressados das seleções: «Também vão ser convocados, porque assim controlamos a alimentação e o descanso deles. É muito importante. Não sabemos o que acontece na Taça de Portugal.»
Como Varandas pode resolver estes rumores: «Graças a Deus, sou treinador. Resolvo as coisas que sei resolver. Não sei como lidaria. Por isso é que ele é presidente e eu sou treinador. É o responsável desta gente estar cá. Fico feliz de não ter os problemas difíceis.»
É difícil colmatar saída de Hugo Viana: «Fazer o que o Viana fez até aqui era muito difícil. Agora, o clube está num momento diferente. Tem uma estrutura, um método. As empresas são as pessoas, mas temos um caminho feito, ninguém faz nada sozinho. Há três anos era diferente, hoje, ninguém faz nada sozinho e e diferente. Agora, precisamos é dos nossos adeptos, que são quem faz o ambiente no estádio. Estamos numa fase do clube onde há uma visão, pode-se mudar peças e tudo segue com naturalidade.»
Poucos minutos de Maxi Araújo: «Não tem tido muitos minutos, mas consigo contar pelos dedos os treinos que ele teve. Ele esteve sempre a mudar de posição e não se fixa numa. Às vezes o contexto determina muito o que acontece. É um jogador que basta ver como toca na bola para perceber que tem qualidade. É titular de uma grande seleção, onde o treinador o conhece e joga sempre na mesma posição. Terá tempo para ser adaptar ao máximo. É um prroblema bom não saber se joga ele, o Nuno ou o Geny. Todos vão ter minutos até à próxima paragem.»
Estatuto de Edwards: «É um jogador especial. Está num bom momento. Está apto. Está no melhor momento físico, trabalhou bastante. Fez muita falta. Se vai ter o estatuto que tinha ou não, tem o Trincão a concorrer, mas podem jogar juntos. O plantel é mais competitivo este ano e vamos ter uma fase de muitos jogos. O importante é que volte a sentir a alegria de jogar.»
Preparado para treinar uma equipa como o City? «Sinto-me preparado para treinar mo Sporting, este ano com mais responsabilidade, porque estamos no mesmo patamar dos outros. É importante termos essa sensação e cumprir os objetivos. Queremos ganhar a Taça.»
Escolhido para os melhores 50 treinadores da atualidade: «Isto nunca acaba. Hoje há uma classificação, daqui a dois meses outra. É não ligar. Obviamente gostamos de ouvir, mas não ligo. Daqui a duas semanas pode ser tudo diferente.»