O sentido de voto dos deputados do PSD eleitos pela Madeira à Assembleia da República na proposta de Orçamento do Estado para 2025 ainda não está decidido e depende das negociações entre os dois governos.

Em declarações aos jornalistas, o deputado do PSD à Assembleia da República Pedro Coelho, eleito pelo círculo eleitoral da Madeira (composto por seis lugares), disse esta segunda-feira que o sentido de voto ainda não está decidido, mas manifestou-se confiante nas negociações das reivindicações da região.

"Vamos seguir a indicação da comissão política regional, o presidente regional [Miguel Albuquerque] tem esperança que na especialidade muitos dos assuntos sejam resolvidos, não temos para já essa garantia, mas acreditamos que o bom senso e o diálogo profícuo irá imperar entre o Governo Regional e o Governo da República", afirmou.

Pedro Coelho falava aos jornalistas, no Funchal, após uma reunião dos deputados eleitos pelo círculo da Madeira à Assembleia da República (três) com o secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, e o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa Regional sobre o Orçamento do Estado para 2025.

O social-democrata salientou que "a verdade é que muitas das reivindicações antigas da Madeira não estão acauteladas" no documento, destacando o pagamento da dívida dos subsistemas de saúde, que ultrapassa os 64 milhões de euros, a alteração ao sistema de captação do IVA, assim como a possibilidade de novas empresas se poderem instalar no Centro Internacional de Negócios (Zona Franca) a partir de 01 de janeiro do próximo ano.

Os sociais-democratas vão, assim, apresentar propostas de alteração, em sede de especialidade, no sentido de garantir estas reivindicações.

"Este é um Orçamento do Estado, não é o orçamento da região, mas tem implicações na região, fomos eleitos pela Madeira e, nessa linha, vamos em sede de especialidade apresentar algumas propostas de alteração", sublinhou o deputado.

"Será uma negociação em primeira linha feita entre governos, Governo Regional e Governo da República, e vamos aguardar qual será o nosso sentido de voto, esperando certamente que muitas das aspirações sejam acauteladas no próximo orçamento", apontou.