"Ninguém tem de temer o seu vizinho. Este é um princípio central da paz no mundo e estamos a trabalhar muito duro para o promover", disse Scholz no início da reunião bilateral à margem da cimeira do G20, no Rio de Janeiro.
Na sua opinião, os dois deveriam falar de temas difíceis, como "a guerra de agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, por exemplo, ou situações perigosas como as que vemos em outras partes do mundo, por exemplo as que estão na raiz dos acontecimentos no Médio Oriente".
A frase do vizinho foi interpretada na Alemanha não apenas como uma alusão à invasão russa da Ucrânia há mil dias, uma vez que Xi e o homólogo russo, Vladímir Putin, são próximos, mas também a Taiwan, uma ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pela China como uma província rebelde.
Antes da reunião, fontes do governo alemão revelaram que Scholz queria abordar com Xi também a presença dos soldados norte-coreanos em território russo, onde combatem ao lado das forças do Kremlin para procurarem expulsar as tropas de Kiev da região russa de Kursk, e as informações que indicam o fornecimento de drones chineses a Moscovo.
Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, o governo alemão assume que a China está a apoiar a Federação Russa com aviões não tripulados e ameaçou Pequim com sanções.
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