Na madrugada de 25 de junho de 2011, deu-se o despiste que resultou na trágica morte de Angélico Vieira. No carro, estava também Armanda Leite que não morreu mas ficou gravemente ferida, inclusive estando em coma durante três meses.
Esta segunda-feira, dia 2 de setembro, a angolana marcou presença no programa “Goucha”, da TVI, ainda de cadeira de rodas e com problemas da fala para recordar o acidente. Ao seu lado, estava também o pai José que revelou detalhes.
“Eu tentei acompanhar um bocadinho a situação. Fui ao local do acidente, conversei com a GNR. Era importante. Havia muita coisa, especulou-se muito. Queria saber a realidade e soube”, começou por dizer o cuidador da jovem.
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“Foi o susto…”
“A GNR mostrou-me o bocado de pneu do carro que rebentou. Disseram-me: ‘Olhe, está aqui a prova. Foi um rebentamento de pneu, seguido de um despiste’. A partir daí, fiquei consciente do que era. Portanto, a culpa não foi do motorista. Foi uma falha técnica, pronto, acabou. Descansou-me um bocado, porque fiquei a saber que não houve abusos, nem excessos do motorista. Foi importante para mim”, prosseguiu.
“Falou-se muito da velocidade. Mas era a tal coisa, a velocidade, para um carro daqueles… Se fosse a 150, dar-se-ia o acidente na mesma. Se fosse a 110 ou 120, talvez se conseguisse controlar o carro. Isso é uma verdade. Mas foi um rebentamento de pneu e, pelo que me apercebi, o próprio Angélico assustou-se e pôs o pé no travão. Isso é que deu origem ao acidente com mais rapidez. Foi o susto, todos eles se assustaram, os que iam acordados. A Armanda ia a dormir, não deu conta de nada”, esclareceu José.