Catarina Manique, ex-participante do programa Quem Quer Namorar Com o Agricultor, da SIC, foi convidada pelo programa Júlia para se sentar com a sua mãe, Teresa, para uma conversa emotiva. A jovem acabou por recordar alguns momentos da infância e, em particular, da luta contra a leucemia.
"É uma dor muito grande recordar. Levei-te a vários médicos e sabia que havia um problema grave. Os médicos diziam que estavas bem de saúde, mas eu tive de me chatear. Tu tinhas os dedos roxos e percebi que havia algo", começou por dizer a mãe da ex-concorrente, já em lágrimas.
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"Fiquei muito aflita, havia tanto tubo para te fazerem análises. Esperei pelas análises, queriam dar-me um calmante mas eu não quis. Depois disseram-me que tinhas leucemia", recordou ainda Teresa, visivelmente emocionada ao falar sobre este duro momento da vida da filha.
No meio da dor, a mãe de Catarina refugiou-se na fé. "Pedi muito a Nossa Senhora de Fátima que tu não te fosses embora", disse. "Nessa altura, toda a gente me ajudou e fez sorrir. E ainda bem", acrescentou ainda a jovem, ao recordar aquele período que viveu com apenas 12 anos.
As complicações depois do transplante
"Quem foi a tua dadora foi a tua irmã. [...] No hospital, disseram que tínhamos de estar um ano em Lisboa para tu ficares boa. Mas acabou por ser mais rápido porque levaste a medula da mana", frisou ainda.
A ex-participante do formato da estação de Paço de Arcos guarda para si as palavras mais difíceis que ouviu. "Davam-me cinco anos de vida, no máximo, com medicação. Mas com o transplante, apesar de nada ser garantido, o mais certo era eu ficar dentro de quatro tábuas. Essas foram as palavras que mais me chocaram naquele dia", disse.
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"Eu sabia que isso não ia acabar assim. Nós éramos duas guerreiras. [...] Quando foste internada, foi uma dor muito grande. Depois constipei-me e não podia entrar, tive de te ver por uma janela. Eu tentava não chorar à tua frente", recordou ainda Teresa.
Depois do transplante, também surgiram muitas complicações. "Não comia, não andava sozinha. Era como se estivesse em coma. [...] Lembro-me de a ouvir rezar ao meu lado", recordou Catarina, referindo ainda que as preces da mãe foram ouvidas e que regressou a casa ainda antes do Natal para estar com a família.