Através das suas contas no Facebook ou Instagram, Luísa Sobral voltou a partilhar, junto dos fãs, um longo e forte relato, desta vez relacionado com uma condicação de saúde mais recentemente diagnosticada, ainda que já a sofra há vários anos.

Em causa está o facto de a cantora e compositora sofrer de desmaios, com bastante frequência, e em diferentes situações do dia a dia, como salientou em texto.

Luísa descobriu tratar-se de um problema de saúde, depois de saber, junto de aconselhamento médico, que uma das filhas também deverá sofrer da condição, que é hereditária.

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"Desmaiei pela primeira vez aos seis anos ao ver o sangue que ocupava o lugar do meu primeiro dente de leite caído. (...) Os meus desmaios vêm acompanhados de convulsões e durante aqueles segundos, sonho que estou noutro lugar, o que torna o acordar muito confuso e angustiante", começou por declarar.

"O desmaio tornou-se algo constante na minha vida. Desmaiava sempre que era vacinada, quando tirava sangue, quando me cortava a cozinhar, quando sentia o cheiro de um hospital (fui ver o meu pai ao recobro e acabei deitada no chão ao lado dele)", continuou.

"Cheguei a desmaiar numa farmácia, desmaiava só por me contarem uma história que envolvesse sangue ou dor, tendo até acontecido ao fazer um ecocardiograma, pelo simples facto de estar a ouvir o meu coração", descreveu também, dando conta de vários episódios, dos mais simples aos mais complexos, que resultaram num desmaio.

"Há uns anos cortei todo o dedo indicador com a varinha mágica. Como já me conheço bem, disse ao meu marido: 'Vou desmaiar ali no sofá e não vai ser bonito de se ver, mas não te assustes que eu já volto', e assim foi. Quando acordei ele estava em pânico, a querer chamar uma ambulância".

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"Sempre me irritou muito o facto de não conseguir controlar o meu corpo fora das gravidezes. Sentia que na guerra entre o corpo e a cabeça, a cabeça saía sempre a perder e, isso, para alguém com necessidade de controlar tudo como eu, era desesperante. Agora a cabeça já vai ganhando algumas vezes e consegui até dar sangue, algo que nunca acreditei ser capaz de fazer".

E afirmou: "Soube mais tarde que isto de que padeço tem um nome e não é só uma histeria como pensei toda a vida, são síncopes vasovagais e é hereditário. Esta última informação foi-me transmitida no outro dia pela pediatra, quando caiu o primeiro dente de leite da minha filha e eu me tornei pela primeira vez a espectadora", rematou.