Agora que Benjamim saiu do hospital, Pedro Chagas Freitas prestou declarações exclusivas à revista VIP em que refletiu sobre os últimos meses.
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“Como se respira assim”
Questionado sobre como lidou com a situação, o autor começou por dizer: “Os piores medos estiveram lá. Todos. Nunca os verbalizámos. Ninguém os verbalizou. Mas estavam lá. Inteiros, absolutos, definitivos. Caminhávamos com uma faca apontada ao pescoço. Os cenários estiveram todos em cima da mesa, ao centro do que sentíamos”.
“Éramos náufragos no meio de náufragos. Não sabíamos o que fazer. Íamos reagindo. Tentávamos sobreviver por dentro enquanto tentávamos mostrar, por fora, ao nosso filho, que estava tudo bem, que iria ficar tudo bem, que ele iria ser transplantado, claro (nunca lhe escondemos nada: ele sabia que iria ter um fígado novo), mas que ia ficar tudo bem. Como se diz “está tudo bem” quando não temos qualquer certeza de que vai mesmo? Como se respira assim? Honestamente, ainda não sei, julgo que nunca saberei”, continuou.
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“Fazia o meu filho rir sem saber se seria um dos últimos risos que iria ver dele”
“Tivemos de ser humoristas no meio da ruína. Senti-me, tantas vezes, um dos músicos que tocavam enquanto o Titanic afundava: fazia o meu filho rir sem saber se seria aquele um dos últimos risos que iria ver dele”, revelou ainda.
Para o escritor, esta foi uma experiência tão marcante que só de a ter relembrado em conversa connosco, admitiu: “Já estou outra vez com tudo a apertar-me por dentro. Não sei se algum dia isto vai passar. Oxalá passe, oxalá passe”.