Estão a ser chamados cirurgiões gerais para colmatar a falta de obstetras nas cesarianas. A notícia foi avançada pelo jornal Expresso.

A requisição está prevista no novo plano de contingência já entregue aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Será ativada sempre que a equipa no atendimento agudo tenha apenas um especialista em obstetrícia (são sempre necessários dois) .

O Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos está contra esta medida e garante que não foi consultado.

“Exigir a presença física de um cirurgião geral para dar apoio a cesarianas na Urgência não é admissível, pois vai responsabilizar-nos. Ajudar numa cesariana é confortável, embora não seja uma competência da cirurgia geral, mas apenas em situação de risco de vida”, explicou ao Expresso o presidente do Colégio de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos (OM).

“Os cirurgiões têm treino em cirurgia ginecológica, mas não em obstetrícia, fazem-no em catástrofes, hospitais de campanha (…)”, acrescentou Jorge Paulino Pereira garantindo: “Não fomos ouvidos sobre esta ideia. A proposta não chegou ao Colégio e se chegar será reprovada. É inaceitável e um grande retrocesso.”