“Mais de 75% das pessoas com doença renal crónica são hipertensas e têm necessidade de fazer mais do que dois fármacos anti-hipertensores, para além da restrição de sal na dieta”, refere, em comunicado, Edgar Silva, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN).

Como acrescenta: “Por outro lado, a HTA está associada ao desenvolvimento de doença renal crónica, isto é, admite-se que pressão arterial mal controlada possa levar a um processo de esclerose arterial que envolve as artérias renais.”

Um bom controlo da pressão arterial é, de acordo com a SPN, uma medida básica para evitar e ou reduzir a progressão da doença renal. “A HTA mal controlada está associada a lesões de órgãos alvo como o cérebro (encefalopatia hipertensiva), retina (edema da papila), insuficiência cardíaca ou insuficiência renal”, salienta o responsável.

O nefrologista aconselha medições regulares da pressão arterial e, em caso de HTA diagnosticada, deve-se manter a medicação, que previne, também, o AVC, a insuficiência cardíaca.

Texto: Maria João Garcia