Esta é a conclusão de um estudo, publicado na revista “Eye”, e que contou com o contributo de optometristas portugueses e da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO).
Estima-se que, anualmente, cerca de 100 mil pessoas desenvolvam cataratas, e os dados atuais do Serviço Nacional de Saúde indicam que 64 mil pessoas estão em lista de espera para cirurgia na especialidade de Oftalmologia. É um aumento de 5 mil pessoas relativamente ao mês anterior naquela que é a maior lista de espera do Serviço Nacional de Saúde.
Raul de Sousa, Presidente da APLO e um dos optometristas portugueses que participou no estudo, afirma que “o número de pessoas com cataratas e as conclusões deste estudo revelam a necessidade de alocar mais recursos e mais bem direcionados de forma a aumentarmos a capacidade global para a cirurgia da catarata”. “Isto implica uma equipa multidisciplinar e integração para a saúde da visão, potenciado a formação especifica e de excelência que existe em Portugal, para lidar com a deficiência visual e cegueira evitável, atempadamente”.
As cataratas surgem devido a um processo degenerativo das células do cristalino. Isto pode ocorrer por vários motivos: avanço da idade, fatores congénitos, ou seja, a catarata que está presente desde o nascimento e, a existência de outras doenças como diabetes ou glaucoma. Existem ainda outros fatores que podem contribuir para o surgimento das cataratas como traumatismos oculares, tabagismo, consumo de álcool e défices nutricionais.
O único tratamento da catarata que existe é a cirurgia que permite reverter a situação. A cirurgia remove a catarata que é substituída por uma lente transparente permitindo que a luz atravesse sem dificuldade e volte a criar uma imagem nítida na retina.
CG/COMUNICADO
Notícia relacionada
Estudo demonstra eficácia de intervenção combinada no glaucoma e cataratas