Com o subtema de género, diversidade sexual e direitos humanos, este congresso, responsável por trazer convidados de várias partes do mundo pretende, este ano, estimular o debate e a reflexão a respeito do papel das mulheres e dos movimentos LGBTQI.

Conforme comunicado pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), estas temáticas ainda são “invisíveis e silenciadas nos espaços escolares, atendendo às imposições curriculares, às políticas educativas, à investigação e práticas sobre a igualdade e não discriminação em razão de sexo, orientação sexual, identidade e expressão de género”.

O programa do Congresso inclui conferências plenárias, mesas redondas e sessões paralelas de comunicação de trabalhos de investigação e relato de práticas, envolvendo participantes não só de Portugal, mas também da Argentina, do Brasil, de Espanha e da Guiné Bissau, e destina-se a docentes, investigadores e estudantes do ensino superior. As inscrições encontram-se abertas, e carecem do preenchimento de um formulário, bem como de um pagamento.

De acordo com Filomena Teixeira, presidente da Comissão Organizadora do Congresso, “no último dia de cada congresso, lê-se uma declaração que espelha o compromisso das pessoas presentes para, nos anos seguintes, desenvolverem trabalhos na área”, e acrescenta que esta “é também uma forma de partilhar o testemunho com os mais novos, de modo a dar continuidade a todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”.

Este ano, o congresso vai contar com duas exposições concebidas e apresentadas no Museu do Aljube, em Lisboa: ‘Adeus Pátria e Família’ e ‘Novas Cartas Portuguesas’. A exposição Adeus Pátria e Família’ convida-nos a uma retrospetiva dos direitos de género, no Centro Cultural do Penedo da Saudade, em Coimbra, enquanto que ‘Novas Cartas Portuguesas’ diz respeito aos direitos das mulheres e às conquistas conseguidas até aos dias de hoje. Esta última vai estar patente na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), à exceção dos dias do congresso, em que estará no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).

“Coimbra é um local de estudantes que, até à data, não recebeu uma exposição desta natureza e, por isso, faz muito sentido incluir este projeto na cidade”, refere Filomena Teixeira.

Desde 2010, o Congresso Internacional de Sexualidade e Educação Sexual decorre duas vezes por ano, alternadamente em Portugal e no Brasil, nas instituições que alojam um grupo de investigadores que trabalham colaborativamente e em rede sobre sexualidade e educação sexual. Espera-se que o próximo congresso se realize em 2025, no Brasil, numa das universidades parceiras.

CG/MJG

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