“A aposta da Universidade de Coimbra (UC) neste novo laboratório pretende potenciar a investigação e a inovação em vários domínios do saber. Com a criação desta nova estrutura estaremos não só a promover a inovação dentro de portas, mas também fora da UC, uma vez que pretendemos que este laboratório contribua para a investigação que é feita dentro e fora de Portugal, nas áreas em que o ADN antigo pode ter um contributo fundamental”, destaca o Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.
De acordo com o responsável, “o laboratório de ADN antigo contribuirá para superar algumas das principais limitações infraestruturais do país nesta área e irá promover a excelência científica interdisciplinar e contribuir para consolidar a liderança da UC na investigação e inovação”.
O laboratório estará integrado numa rede global de instituições científicas especializadas em ADN antigo, genética forense, biologia evolutiva, arqueologia, linguística e museologia, como explica o vice-coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares da UC (CEIS20), atualmente na Universidade Nacional da Austrália e investigador afiliado da UC, João Carlos Teixeira.
O investigador tem dedicado a sua carreira de investigação à genética e à evolução das espécies, em particular à espécie humana, sobretudo através da análise de amostras de ADN antigo. “O ADN antigo oferece uma janela direta para o passado, permitindo o estudo da arquitetura genética de populações naturais ao longo do tempo, incluindo episódios de seleção ou migração, mas também os fatores genéticos associados à domesticação, especiação ou extinção de espécies”.
O novo laboratório vai envolver diversas unidades de ensino e investigação da Universidade de Coimbra, nomeadamente o CEIS20, o Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), o Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, o Jardim Botânico, o Museu da Ciência e a Faculdade de Letras (FLUC).
Texto: Maria João Garcia
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