A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu prudência quanto aos termos usados para definir a evolução da infeção pandémica causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que espera passe para uma fase de “baixa incidência”. Segundo Mike Ryan, que falava na conferência de imprensa regular da OMS, os vírus respiratórios, em que se incluem também o SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, passam de pandémicos a “níveis muito baixos de atividade, com surtos potencialmente sazonais ou surtos que ocorrem anualmente ou semestralmente”.

Neste contexto, a OMS espera que a covid-19 transite de uma fase pandémica para “uma fase de baixa incidência, com potenciais picos” em determinadas épocas do ano, em particular quando faz mais frio. O Comité de Emergência da OMS para a covid-19 deverá no início de maio voltar a pronunciar-se sobre se mantém ou não o alerta máximo.

Em Portugal, o uso de máscaras de proteção deixou ontem de ser obrigatório nos estabelecimentos e serviços de saúde nas áreas não clínicas, tendo a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizado a orientação adotada durante a pandemia da covid-19. O fim da obrigatoriedade da utilização de máscaras no âmbito da prevenção da infeção por SARS-CoV-2, publicado em Diário da República, estipula igualmente que no caso das áreas clínicas, “a decisão compete a estas unidades, tendo em conta a tipologia de doentes e procedimentos a efetuar, de acordo com as orientações das Unidades Locais do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos”.

No âmbito do diploma e na posterior orientação da DGS, deixa também de ser obrigatório o uso de máscaras nas estruturas residenciais de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como nas unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. A DGS recomenda, no entanto, o uso de máscara quer por visitantes, quer por profissionais em situações de proximidade com residentes vulneráveis.

LUSA

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