“As doenças da trombose e hemóstase afetam crianças e adultos, homens e mulheres de igual modo, e tocam assim várias especialidades da Medicina, daí a criação desta Associação”, afirma Teresa Sevivas, uma das fundadoras da Associação Portuguesa de Trombose e Hemostase (APTH).

“Esta é uma área muito abrangente e que é transversal a muitas especialidades, daí considerarmos que era uma lacuna não haver um grupo que estudasse estas patologias”, salienta.

A especialista acrescenta ainda que “nenhuma outra disciplina médica engloba tantos sistemas de órgãos diferentes”, já que esta doença afeta doentes de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos, mulheres e homens, englobando doenças hemorrágicas e trombóticas, congénitas e adquiridas.

Também um dos rostos fundadores é André Caiado, imuno-hemoterapeuta no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. O especialista destaca a pluridisciplinaridade da APTH, ao permitir o a participação e o envolvimento de diferentes áreas do conhecimento, como a Medicina ou a Bioquímica. “O nosso intuito foi sempre criar uma plataforma colaborativa nacional, mas com também com uma visão internacional, que permita a discussão e a partilha interpares, de forma útil para a produção científica.”

Texto: Maria João Garcia

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