“A solução centra-se numa estratégia efetiva para os cuidados primários para a saúde da visão, com a integração dos optometristas no SNS como garantia de mais e melhor saúde da visão e, simultaneamente e não menos importante, com poupança para os cofres do Estado”, defende Raul Sousa, presidente da APLO. O responsável alerta assim para a necessidade “urgente” de se tomarem medidas em sintonia com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e apoiadas pelo Governo português.

Em Portugal estão claramente identificadas as dificuldades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em assegurar cuidados para a saúde da visão, com gigantescas listas de espera para consulta e cirurgia e é mais do que reconhecida a total inexistência de cuidados primários para a saúde da visão”, afirma.

Raúl de Sousa salienta que “os optometristas são especialistas dos cuidados primários para a saúde da visão com formação universitária extensa e profunda para a prescrição da compensação de erros refrativos e síndromes de visão binocular, condições que representam mais de 85% da referenciação da Medicina Geral e Familiar, pelo que é evidente o benefício de ter estas condições tratadas e geridas ao nível dos cuidados de saúde primários”.

De acordo com a OMS, a deficiência visual e a cegueira evitável são realidades que impactam a vida de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo e “o acompanhamento clínico atempado feito por um optometrista é determinante no sentido de detetar e intervir de modo precoce”.

CG

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