De acordo com um comunicado divulgado pelos organizadores do estudo RADICAL, este diz respeito a algo inovador, uma vez que, até à data, não existia em Portugal uma ferramenta que permitisse a qualquer pessoa identificar o seu risco cardiovascular, sem recurso a uma consulta médica. Além disso, os participantes estão a ser recrutados através de canais digitais, nomeadamente das redes sociais.
Para participar no estudo RADICAL é necessário o preenchimento de um questionário online composto por 23 questões, incluindo vários fatores de risco cardiovascular, desde logo, a idade, peso, hábitos alimentares, valores de pressão arterial, entre outros aspetos. Os participantes devem ter idades compreendidas entre 40 e 69 anos e não ter história de doença cardiovascular.
Hélder Dores afirma que “aproximadamente 80% das doenças cardiovasculares podem ser prevenidas por alteração do estilo de vida e controlo adequado dos fatores de risco cardiovascular, sendo que uma em cada três mortes pode ser evitada”. Porém, “a prevenção é subvalorizada e muitos indivíduos apresentam um mau controlo dos fatores de risco cardiovascular”.
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em Portugal, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos anuais, revela a nota emitida. Adicionalmente, condicionam uma elevada morbilidade e impacto socioeconómico, decorrentes dos avultados custos no tratamento de doenças como o enfarte agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca, o acidente vascular cerebral, entre outras, bem como da perda de produtividade.
A investigação foi proposta e apoiada pela equipa do Cardio da Vida, integrada também por Hélder Dores, que considera o projeto “fundamental para entender melhor o risco cardiovascular em Portugal, ao utilizar meios digitais para alcançar e sensibilizar um maior número de pessoas”.
O cardiologista convida as pessoas a participarem, sublinhando que “5 minutos a preencher este questionário podem significar anos de vida ganhos”.
CG/COMUNICADO
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