Qual é o objetivo principal da pós-graduação em Digital Health?
O objetivo principal deste curso é capacitar os participantes para serem agentes de mudança e transformação digital na saúde. Conhecendo as tendências, os temas, e os desafios da Saúde Digital, entenderem como usar algumas das ferramentas de gestão convencionais, bem como as abordagens mais inovadoras para realmente implementar e criar condições para que a Saúde Digital seja uma realidade no sector da saúde em Portugal, mas com um forte Outlook e ligação com o que se faz fora do nosso pais.

Em suma, criar pessoas com vontade e capacidade para entender o potencial das soluções de saúde digital e implementar as mesmas de forma adequada nas suas realidades.

Quem é o público-alvo deste curso?
Um conjunto diversificado de profissionais que trabalham na saúde, não apenas médicos ou enfermeiros, mas técnicos diversos, gestores e administradores e mesmo elementos dos conselhos de administração.

Participantes que estejam a trabalhar já no sector da saúde ou estando no sector das tecnologias digitais queiram focar-se na saúde, ou aqueles que querem mudar ou estão em fases de transição profissional e querem entrar numa área de crescimento e valor social importante, como é a saúde e o digital cujo crescimento se projeta que continue acelerado.

Quais os requisitos de admissão?
Ter licenciatura prévia, interesse pela área e experiência profissional mínima. Há uma entrevista pessoal na fase de admissão para verificar a adequação dos candidatos. A ideia é que haja um leque vasto de perfis nesta edição como tem havido nas anteriores.

Quais as mais-valias para as suas carreiras profissionais?
Uma especialização progressiva na área da saúde digital oferece a capacidade aos profissionais que já estejam na saúde, por exemplo enfermeiros, farmacêuticos, médicos ou gestores/administradores, de se diferenciarem dos seus pares, frequentemente podendo assumir funções de liderança dentro das organizações que estão quase todas num franco processo de transformação digital.

Este protagonismo, adequadamente gerido, pode permitir-lhes evidenciar ambição e capacidades de liderança e gestão, enquanto permite diversificar tarefas e enriquecer o dia-a-dia com tipo de desafios e soluções diferentes.

Para os que não estejam na saúde é uma forma de conhecer a cultura do setor, estabelecer algum networking e, sobretudo, entender como entrar no setor através de propostas inovadoras e value-added.

Quais são os principais tópicos e áreas de estudo abordados no programa?
Os tópicos são muito diversificados, desde aspetos gerais sobre digital healthcare systems, Inteligência Artificial, telesaúde ou uso de dados no contexto de saúde pública, até aspetos sociais como psicologia, recursos humanos e gestão de operações.

Há um conjunto de sessões curtas onde diversos docentes trazem exemplos e experiências de fora de Portugal, bem como temos ainda um espaço para o desenvolver de novas ideias e conhecer os processos de empreendedorismo. O detalhe do programa está disponível online na brochura do programa.

Como é organizado o programa?
As aulas são online e presenciais. São sobretudo online, às terças e quintas, das 18h30-22h30, para facilitar que alunos de todo o país e mesmo do Brasil possam participar facilmente. Estas sessões são em direto com apresentações, discussões e intervalos dinâmicos. No final do curso, as sessões são presenciais, para permitir que os participantes também se conheçam pessoalmente, visitem um centro inovador em telesaúde, apresentem os seus trabalhos pessoais e discutam em grupo no final integrado conhecimentos e experiências.

Falando do corpo doente. Quem são os professores e qual é a sua experiência em Digital Health?
Vários. São professores de carreira do ISCTE, alguns já com vários anos de experiência letiva e de investigação em tecnologias e saúde. Um outro grupo importante de docentes envolve pessoas que trabalham, há vários anos, no setor da saúde em Portugal e que precisaram de se envolver, usar as ferramentas e trabalhar temas de saúde digital.

Por último, há mais de dez docentes estrangeiros desde a Asia, Europa e América que trazem conhecimentos atualizados dos vários pontos do mundo. Trabalham temas internacionais, como a estandardização e sobretudo os contextos múltiplos em que o digital está a fazer a diferença no mundo da saúde. A lista de professores é longa e sendo junto com todos saliento a qualidade do corpo docente, não individualizando ninguém em particular.

O que distingue esta pós-graduação dos demais cursos em Digital Health?
Primeiro esta pós-graduação foi de facto a primeira em Portugal dedicada a Saúde Digital, sendo que há cursos de mestrado em Informática Médica a diversos anos, mas o foco, e dinâmica é sobretudo de apoio a investigação e com uma relativa ausência na discussão dos aspetos de gestão e liderança para fazer acontecer. É um curso que nasce numa escola de executivos, para quem quer, saber mais, mas sobretudo quer executar e criar Saúde Digital.

SM

Notícia relacionada

Relatório da OMS revela falhas no alargamento da saúde digital