Luz, CUF e Lusíadas fizeram, em conjunto, durante o mesmo período de tempo, 4926 partos, o que corresponde a mais 20,6% que no primeiro semestre do ano anterior.

Os 13 hospitais públicos na região de Lisboa e Vale do Tejo, cujas maternidades estão a funcionar com fechos rotativos ao fim de semana, fizeram 12363 partos (mais 2,9%). Nos hospitais Garcia de Orta (Almada) e Cascais registou-se um aumento, mas o mesmo não sucedeu nas Caldas da Rainha.

A opção pelo privado poderá justificar-se pelo sentimento de insegurança face ao fecho rotativo das maternidades, segundo disse ao Público Nuno Clode, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal e coordenador do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do Hospital CUF Torres Vedras. “As mulheres queixam-se que não sabem o que lhes vai acontecer.”

A Direção Executiva do SNS, por sua vez, reagiu de forma diferente, considerando que não faz sentido fazer a comparação entre público e privado. A justificação está no facto de no SNS ter havido nos primeiros seis meses terem nascido mais duas crianças por dia nas 13 maternidade de Lisboa e Vale do Tejo, tendo havido “globalmente um aumento considerável do número de gravidezes e partos complexos, muitas vezes sem vigilância”.

Texto: Maria João Garcia

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