A apresentação da petição da SPAIC, a favor da comparticipação das vacinas antialérgicas, decorreu a 15 de maio de 2023, e o objetivo consistia em recolher mais de 7.500 assinaturas até dia 31 de dezembro, número mínimo necessário para a petição ser debatida em sessão plenária da Assembleia da República. A recolha foi interrompida com 11.666 assinaturas e foi apresentada a petição para que o tema possa ser discutido em Sessão Plenária na próxima legislatura.

Ana Morête, presidente da direção da sociedade, afirma que a “direção da SPAIC gostaríamos de agradecer o envolvimento de todos, certos de que há ainda um longo caminho a percorrer, mas que será trilhado em conjunto por todos aqueles que a nós se uniram e que responderam ao nosso apelo”.

Durante este período de recolha de assinaturas, a Direção da SPAIC esteve reunida com as comissões parlamentares da saúde e, a 20 de dezembro, teve uma audição com a Comissão Parlamentar da Saúde onde houve a oportunidade de sensibilizar os deputados dos principais grupos parlamentares para este tema.

A SPAIC reforça que a vacina antialérgica é o único tratamento desenvolvido especificamente para as doenças alérgicas, uma vez que modifica a história natural destas doenças. A imunoterapia específica com alergénios reduz a sintomatologia, melhora a qualidade de vida, previne a progressão e a gravidade da doença, impede a sucessiva associação a outras doenças alérgicas, e reduz a necessidade de medicação crónica, com naturais implicações nos custos diretos (medicação, consultas, episódios de urgência, internamentos, entre outros) e indiretos (absentismo e rendimento escolar ou laboral). Para além disso, em alguns doentes com formas graves de anafilaxia (reação alérgica grave) com risco de vida, a imunoterapia específica pode ser curativa.

A comparticipação universal a 50% do custo total deste tratamento em Portugal data de 19/03/1981, e, de forma absolutamente inexplicável, essa comparticipação foi revogada em 09/08/2011, explica a direção desta sociedade científica. Ao contrário de muitos outros países da União Europeia, Portugal mantém uma política de não comparticipação da imunoterapia específica com alergénios, limitando o acesso dos doentes a este tipo de tratamentos.

COMUNICADO

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