Hoje é Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca. A data, 5 de maio, pretende alertar para a importância desta doença, que, em Portugal, é responsável por 18 mil internamentos anuais. Cardiologista do Hospital de Santa Marta/Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Ana Teresa Timóteo mostra-se preocupada com o aumento substancial do número de casos, alertando para a importância da sua prevenção e de consultar o médico de família sempre que houver motivos de alerta.

“Se sentir algum dos sintomas associados à insuficiência cardíaca – cansaço, inchaço das pernas e falta de ar – deve procurar de imediato o seu médico de família. Esta doença compromete muito a qualidade de vida, é causa de múltiplos internamentos, obriga a seguimento hospitalar e à realização de terapêuticas avançadas”, observa a professora de Cardiologia da NOVA Medical School, acrescentado que, além disso, os tratamentos “são muito dispendiosos para o Serviço Nacional de Saúde”.

Estima-se que a insuficiência cardíaca afete entre 3 a 4% da população. Contudo, e uma vez que a sua frequência aumenta com a idade, nas faixas etárias acima dos 70 anos, deve atingir cerca de 10% deste grupo de indivíduos.

A cardiologista explica que, na maioria dos casos, a insuficiência cardíaca resulta de outras doenças do coração. Contudo, pode ser originada por fatores como a hipertensão, a diabetes, o colesterol alto, o excesso de peso e a obesidade, entre outros. Todos evitáveis e tratáveis.

“Se prevenirmos estas doenças vamos ter um impacto muito significativo de redução de doenças cardiovasculares no futuro, incluindo a insuficiência cardíaca”, observa Ana Teresa Timóteo.

Tudo passa, como é habitual, pelos denominados estilos de vida saudáveis. O segredo está em adotar uma alimentação saudável, manter um peso adequado, fazer exercício físico com regularidade, não fumar e evitar o stress.

Mantenha um estilo de vida saudável, consulte o seu médico assistente frequentemente e tome a medicação prescrita. É uma forma de prevenir a insuficiência cardíaca e muitas outras patologias.

Texto: Sílvia Malheiro

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