Segundo comunicado divulgado pelo CHUSJ, o serviço de Ortopedia e Traumatologia deste hospital é o único no seu grupo hospitalar a ultrapassar os 80% de doentes com fratura do fémur proximal operados em menos de 48 horas após admissão no serviço de Urgência (SU), pelo terceiro ano consecutivo.
De acordo com os dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os valores são de 83,4% em 2020; 81,4% em 2021; e 88,3% em 2022. O centro hospitalar refere que este é “um importante indicador de desempenho assistencial desta especialidade, associado a uma significativa diminuição do internamento médio, das complicações e mortalidade dos indivíduos com mais de 65 anos, vítimas de fratura do fémur proximal”.
Relacionadas com o envelhecimento e com a osteoporose, as fraturas do fémur proximal no idoso são o resultado de acidentes, muitas vezes domésticos, revela o CHUSJ. “Entre 2020 e 2022, foram admitidos cerca de 400 utentes/ano com fratura do fémur no Serviço de Urgência do CHUSJ. Estima-se que, este ano, o número possa subir para 440 e que ocorram em Portugal cerca de 7000 fraturas/ano”, revela o centro hospitalar.
Foi com base nestes pontos que em 2020 o serviço de Ortopedia-Traumatologia do CHUSJ implementou um “plano de atuação multidisciplinar”, com o intuito de operar o máximo de doentes possível em menos de 48 horas.
António Sousa, diretor do serviço de ortopedia do CHUSJ, afirma que “este projeto permitiu reduzir em cerca de 20% o tempo de internamento e terá certamente efeito na diminuição da mortalidade neste grupo de doentes”. Além disso, este desempenho assistencial foi reconhecido com a distinção “Boa Prática”, posicionando o serviço de Ortopedia do CHUSJ entre os 12 finalistas ao Prémio Boas Práticas em Saúde 2023.
“As fraturas do fémur proximal no idoso são um problema de saúde pública pelo seu impacto socioeconómico. O consumo de cuidados de saúde e do setor social (institucionalização provisória ou definitiva) é elevado. Por isso, além dos ganhos em saúde, acrescenta ganhos económicos, sociais e familiares também muito relevantes”, acrescenta António Sousa.
CG
Notícia relacionada
Cirurgias nanoscópicas do joelho no Hospital de São João aumentam qualidade de vida