Face à inclusão do alargamento dos Gabinetes de Saúde Oral nos Centros de Saúde e a revitalização do programa cheque-dentista no Orçamento de Estado para 2023, a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) revela-se satisfeita com estas medidas, que considera “fundamentais para melhorar o acesso à Medicina Dentária em Portugal”, escreve a ordem em comunicado.
Assim, OMD “saúda a concretização destas duas medidas que resultam do projeto saúde Oral 2.0, no qual se prevê a criação de 150 novos consultórios de medicina dentária em centros de saúde, uma revisão do valor do atual cheque dentista e a criação do cheque prevenção e do cheque reabilitação”.
Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, afirma que “os novos gabinetes de saúde oral e a revitalização do cheque-dentista são duas medidas importantes só por si que, concretizadas em simultâneo, são ainda mais relevantes pela sua complementaridade”.
O cheque-dentista foi criado em 2008, com um valor de 40 euros, e foi atualizado uma vez, em 2012, quando o Governo reduziu este mesmo valor para 35 euros. Miguel Pavão acrescenta que “ao fim de onze anos sem sofrer atualizações, é expectável que o valor do cheque-dentista seja revisto e complementado com a criação do cheque-dentista prevenção”.
Para além disso, a OMD salienta que o alargamento dos gabinetes de saúde oral “abre portas a uma das principais recomendações no âmbito do projeto saúde oral 2.0: a criação da carreira especial de medicina dentária no Serviço Nacional de Saúde“. O bastonário da OMD destaca que esta “é uma oportunidade de rever o atual regime de contratação de médicos dentistas para o Serviço Nacional de Saúde e garantir a motivação destes profissionais para a concretização da medida de reduzir a desigualdade de acesso à medicina dentária”, conclui Miguel Pavão.
CG
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