A FNAM e o SIM vão apresentar, hoje, ao ministro da Saúde uma proposta com medidas que consideram não poder ser abdicadas para se salvar a carreira médica e o SNS. A primeira é a reposição do horário semanal de 35h para todos os médicos que assim o desejem.

Esperam ainda que a Tutela aceite o aumento transversal de 30% para todos os médicos, face ao que dizem ser a “perda de poder de compra” deste profissionais de saúde na última década. Recorde-se que o Governo propôs, na última ronda negocial, um novo modelo remuneratório e um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

Por último, quer a FNAM quer o SIM querem que se volte às 12 horas semanais de trabalho no Serviço de Urgência, em vez de 18 horas.

“Acreditamos que com estas medidas é possível salvar a carreira médica e o Serviço Nacional de Saúde”, afirmam em comunicado conjunto.

As negociações com o Governo começaram há 18 meses e têm sido tudo menos pacíficas. As greves, sobretudo às horas extraordinárias, quando se ultrapassa as 150 horas previstas na lei, têm levado a vários constrangimentos nos serviços de saúde. Uma situação que já levou o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, e Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, a apelarem à urgência de um consenso na reunião de hoje.

O diretor executivo alertou que, não havendo negociação, o mês de novembro será “o pior em 44 anos de SNS”.

MJG

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