Em 2023 a Unidade de Cuidados Intensivos da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) esteve envolvida na doação de 30 órgãos para transplantação, provenientes de 13 dadores. A ULS Médio Tejo colheu para transplantação 13 rins, 12 fígados, quatro pulmões e um pâncreas.

Esta instituição é responsável por contribuir para que o país se mantenha “com aqueles que são os terceiros melhores indicadores da transplantação de órgãos do mundo”, revela uma nota divulgada.

O resultado obtido pela ULS Médio Tejo em 2023 é duas vezes e meia superior à atividade registada no ano anterior. Em 2022, foram colhidos 12 órgãos, provenientes de cinco dadores. A atividade registada durante o ano passado só é superada, nos últimos 14 anos, pelos indicadores atingidos em 2018, ano em que foram colhidos 36 órgãos, provenientes de 15 dadores.

No presente ano a ULS vai assinalar 15 anos desde o início de colheitas de órgãos em doentes falecidos em situação de “morte cerebral”. Este marco coincidiu com a constituição da equipa de colheita de órgãos e com a abertura do Serviço de Medicina Intensiva da Instituição em 2009.

Desde a criação desta equipa dedicada, a ULS Médio Tejo colheu um total de 220 órgãos de 94 dadores. Estes resultados colocam a equipa de Abrantes muito acima da média nacional, representando, em 2023, uma taxa média de 54,8 dadores por milhão de habitantes.

“Portugal tem um dos melhores sistemas de transplantação do mundo, fruto de um Serviço Nacional de Saúde universal e de profissionais, como aqueles que compõem a equipa de Doação de Órgãos e Tecidos da ULS Médio Tejo em Abrantes, que de uma situação irreversível, multiplicam a esperança, salvando a vida a centenas de pessoas que esperam por um órgão. Este ano foram 30 pessoas que usufruíram desse esforço da equipa do Médio Tejo é de louvar todos os envolvidos: profissionais dos serviços de medicina intensiva, serviço de urgência e bloco operatório”, afirma Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo.

“Mantemos a afirmação da nossa unidade a nível nacional, graças ao trabalho de uma equipa de profissionais de saúde competente e muito motivada para a causa da doação e transplantação de órgãos. É um trabalho que exige grande comunicação e formação contínua. Para os profissionais de saúde traz a enorme compensação de significar oportunidades de salvar vidas”, conclui Lucília Pessoa, médica intensivista que assume a Coordenação Hospitalar da Doação de Órgãos e Tecidos da ULS Médio Tejo.

CG/COMUNICADO

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