O setor da Medicina Física e de Reabilitação é atualmente constituído por mais de 290 unidades com convenção com o SNS e é responsável pela produção de mais de 90% do total de atos do SNS em ambulatório.

O aumento das condições salariais nas empresas do setor e a inflação galopante de preços em todos os consumíveis e equipamentos de proteção individual estão, segundo a APMFR, a asfixiar as unidades de saúde de Medicina Física e de Reabilitação (MFR).

“A política de valores de reembolso constante das tabelas das convenções com o SNS é incompatível com a necessidade de uma mão-de-obra intensiva, especialmente qualificada e pessoal técnico diferenciado. Estes valores não são, por isso, compagináveis com a qualidade do serviço de saúde em causa, com a urgência de respostas ao estado de saúde dos utentes e as notórias vantagens que uma atuação célere tem na recuperação e manutenção da qualidade de vida do cidadão”, afirma António Neves, Secretário-Geral da APMFR.

De acordo com o sítio da transparência do SNS, em 2023, o setor tinha praticado mais de 50 milhões de atos de MFR. “Uma atuação mais rápida reduz os custos sociais, as baixas médicas, aumenta a produção laboral e impede agravamentos da saúde que são geradores de mais pressão e despesa sobre o SNS”, reitera o responsável.

Concluindo: “Uma atuação a montante evita mais despesa, traduz-se em poupança e, acima de tudo, aumenta a qualidade de vida dos beneficiários.”

MJG

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