Os números surgem numa altura em que foi anunciado que o Serviço de Urgência de Pediatria do CHMT, em Torres Novas, vai estar este verão encerrado quinzenalmente aos fins de semana, “por dificuldade em garantir as escalas com as férias dos profissionais e contingências súbitas com dois médicos pediatras”. Quanto a esta questão, o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos, diz que “o encerramento da urgência não era o que desejávamos, mas é uma alternativa que garante maior previsibilidade e segurança para os utentes”.

Todavia, realça: “Não posso deixar de assinalar e agradecer o esforço da equipa de profissionais da Pediatria do CHMT nos primeiros seis meses do ano, cujo esforço e nível assistencial foi notável, como mostra este balanço.”

Também alvo de elogios foi a equipa da Maternidade de Abrantes, “cujo esforço permitiu que voltássemos a estar de portas reabertas sem contingência desde 1 de junho”, acrescentou o responsável. Destaca ainda “a inversão de tendência de queda dos partos nos últimos dois anos”, não obstante o fecho programado alternado aos fins de semana da urgência de Ginecologia-Obstetrícia.

Falando de outros números, o presidente do CA releva o facto de a pressão sobre o Serviço de Urgências no Médio Tejo se ter mantido “muito alta”, tendo atingido, no primeiro semestre deste ano, 78.574 episódios de urgência. Todos estes foram distribuídos entre a Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes, as Urgências Básicas das Unidades de Tomar e Torres Novas, a Urgência Pediátrica em Torres Novas e a Urgência de Ginecologia-Obstetrícia, em Abrantes.

Nas consultas externas de especialidade, ultrapassaram-se as 90 mil consultas atingidas no semestre do ano passado. “Realizámos um total de 93.562 consultas, ou seja, 748 atos médicos por cada dia útil. São assim mais 4056 consultas do que no período homólogo de 2022, um número que representa um crescimento de cinco%”, indica o hospital.

No que diz respeito à cirurgia, foram realizadas 40 cirurgias programadas por dia útil no CHMT, num total de 4966 nos seis primeiros meses deste ano. “Este valor representa um crescimento de 8%; o aumento foi mais expressivo, cerca de 9%, na cirurgia de ambulatório.”

Nos internamentos hospitalares, a capacidade foi igualmente reforçada – registaram-se mais 678 internamentos nos primeiros seis meses do ano, para um total de 8.690, um crescimento de 8%. Também a Hospitalização Domiciliária cresceu 23%.

Nos meios complementares de diagnóstico foram realizados mais de 1,5 milhões de exames, mais 4% do que no período homólogo de 2022. “O crescimento mais expressivo em termos percentuais dá-se na especialidade de Gastroenterologia (12%)”, lê-se no comunicado.

Para Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração do CHMT, estes números mostram “claramente que estamos empenhados em resolver os problemas de saúde dos nossos utentes, enquanto fazemos as reformas necessárias no SNS, para o tornar mais eficiente e atrativo, mas também mais humanizado e próximo dos cidadãos”.

Texto: Maria João Garcia

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