De acordo com a agência de notícias palestiniana, o número elevado de mortos no domingo deve-se, sobretudo, ao bombardeamento israelita contra vários edifícios na região de Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, cercada há seis semanas.
A maioria das vítimas mortais (72) era da zona de Beit Lahia.
A agência Wafa refere que as forças israelitas lançaram 10 ataques contra a localidade.
Beit Lahia tem sido alvo dos bombardeamentos mais violentos da guerra em Gaza desde outubro registando-se um aumento de ataques aéreos e uma campanha terrestre que dura há várias semanas e que se alastrou às localidades de Yabalia e Beit Hanoun.
No dia 29 de outubro, um outro ataque aéreo contra um edifício de cinco andares da mesma zona provocou a morte a 93 pessoas, de acordo com as autoridades sanitárias controladas pelo Hamas.
Segundo os moradores, o ataque de 29 de outubro fez 103 mortos.
Antes, um outro bombardeamento israelita - ocorrido no dia 20 de outubro - fez 73 mortos.
Há seis semanas que o Exército de Israel mantém um cerco no norte de Gaza que fez mais de dois mil mortos, de acordo com o Governo do Hamas que controla o enclave.
O cerco agravou as condições de vida da população e limitou os acessos da ajuda humanitária.
As forças de Israel atacaram ainda três hospitais no norte da Faixa de Gaza: Kamal Adwan, Al Awda e o Hospital Indonésio que encerrou totalmente.
"Não temos eletricidade. Só temos um gerador que funciona apenas durante quatro horas por dia", disse à agência de notícias espanhola EFE Mohammed Salha, diretor do Hospital Al Awad.
No sul da Faixa de Gaza, onde se encontra a maioria dos deslocados do enclave (90% da população), um ataque ocorrido nas últimas horas provocou a morte de um casal e os três filhos menores de idade.
Mais de 43.800 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde que Israel lançou a ofensiva em outubro de 2023, após os ataques do Hamas contra território israelita que fizeram 1.200 mortos.
Segundo as autoridades de Gaza, desde o ano passado, a guerra fez 103.700 feridos.
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