Em declarações aos jornalistas na Guarda, Nuno Melo disse que a meta de 2% do PIB na Defesa até 2029 significará investimento nos três ramos, traduzido "numa modernização quetinha dois depois também será mensurável, porque tudo é absolutamente transparente".

"Relevante mesmo é perceber que esta modernização vai acontecer", disse o governante na Guarda, cidade que acolheu a semana do Exército, e que termina no domingo, no final da cerimónia de assinatura de um protocolo entre as direções gerais do Armamento portuguesa e francesa, para a aquisição de novo equipamento de artilharia.

"O protocolo hoje assinado prevê a aquisição até um máximo de 36 destes equipamentos. O objetivo é que toda a artilharia portuguesa seja equipada com o mesmo sistema de armas, ao contrário do que sucede agora, que temos três sistemas diferentes com todas as implicações logísticas e de operação que isso traz", esclareceu aos jornalistas o chefe do Estado Maior do Exército.

O general Eduardo Mendes Ferrão defendeu que, no futuro, os militares terão "um sistema moderno, digitalizado e com uma logística muito mais fácil e com uma interoperabilidade acrescida com os aliados" de Portugal.

O chefe de Estado Maior do Exército adiantou que os equipamentos chegarão todos até 2034 e, apesar de não ter divulgado o valor do investimento, o ministro disse que "está na Lei de Programação Militar" (LPM) que, até 2026, tem 60 milhões de euros.

"Vamos reduzir muito em duas coisas. Primeiro na quantidade de pessoas que operam, porque estes sistemas já são digitalizados, portanto, não necessitam tantos Homens, são automáticos, portanto, as guarnições vão reduzir sensivelmente para metade do que temos neste momento", acrescentou o general.

O ministro disse que, agora, o Governo partiu "para a modernização dos equipamentos nos três ramos das Forças Armadas" e, este, é um "equipamento fundamental no sentido da substituição deste tipo de arma, a pensar no futuro".

Nuno Melo acrescentou que este Governo tem, neste momento, "a Defesa na linha da frente das prioridades da ação política" lembrando que, desde que tomou posse, já houve investimento nas pessoas.

"Procedemos ao maior aumento, em democracia, de salários, suplementos. Criámos o primeiro apoio no caso de incapacidade ou morte em serviço e também estabelecemos um sistema de comparticipação dos medicamentos dos antigos combatentes a 100% em dois anos", sublinhou.

Se primeiro foram as pessoas, o ministro disse que agora estão "a tratar do equipamento", mas o Governo tem "outras prioridades no que tem que ver com a recuperação do património".

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