A petição pública que avança com uma queixa-crime contra André Ventura, o deputado Pedro Pinto e o assessor do Chega Ricardo Reis, ultrapassou já as 100 mil assinaturas.

Por volta das 23H20 deste sábado, os indicadores da plataforma apontavam já para 101 475 subscritores.

Em causa estão frases que os promotores da petição, onde avultam Francisca Van Dunem e João Costa, respetivamente antigos ministros da Justiça e da Educação do Governo PS, consideram que configuram quatro crimes: instigação à prática de crime, apologia da prática de crime, incitamento à desobediência coletiva e ofensa à memória de pessoa falecida.

Em causa estão declarações como:

- “Se calhar, se [os agentes] disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem”, proferidas por Pedro Pinto.

- “Menos um criminoso... menos um eleitor do Bloco”, esta da autoria de Ricardo Reis, assessor do Chega, que entretanto retirou o comentário da rede social.

- “Nós não devíamos constituir este homem arguido, nós devíamos agradecer o trabalho que este polícia fez. Nós devíamos condecorá-lo (…)”. “Obrigado, obrigado. Era esta a palavra que devíamos estar a dar ao polícia que disparou sobre mais este bandido na Cova da Moura, frases proferidas por André Ventura.

Este sábado, na manifestação que juntou em Lisboa cerca de 200 pessoas, o líder do Chega disse que quem tem de ir para a cadeia “é quem anda a matar, quem anda a roubar, quem anda a destruir e não quem quer defender a polícia".

“Vi e acompanhei as queixas que forma feitas contra mim. (…) O que eu espero é que os acusados, os únicos, não sejam quem defendeu a polícia. Espero que aquele que puseram as pessoas em risco, o que eu espero é que esses sejam acusados. Não seja o mensageiro o preso”, reforçou.

Mais adiante, já em frente à Assembleia da República, disse que era preciso fazer “a verdadeira revolução em Portugal”, porque "nos últimos 50 anos só se ouviu um lado".

Noutro ponto da cidade, a manifestação organizada pelo movimento Vida Justa contou com alguns milhares de participantes.