Em comunicado, o Grupo Desportivo Comercial anuncia a "impossibilidade de realizar a edição n.º 58 do Azores Rallye em virtude do parecer desfavorável para a realização da prova proferido pela coordenação da Comissão de Crise do Hospital do Divino Espírito Santo".
Os organizadores da maior prova automobilística dos Açores evocam o "esforço adicional" dos médicos, enfermeiros e dos bombeiros da região na sequência do incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, ocorrido em 4 de maio.
"Não é possível garantir o atendimento e apoio conveniente e atempado em caso de acidente multivítima, um fator de risco enorme em provas automobilísticas", justificam.
O Grupo Desportivo Comercial saúda a "boa vontade e o esforço" do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), mas salienta que a comissão de crise do HDES sugeriu o adiamento do rali para 2025, altura em que a "situação deverá estar normalizada".
"O Grupo Desportivo Comercial, através da sua direção, lamenta a situação, à qual é alheia na sua origem, mas que mantém a postura de pretender fazer parte da solução e não do problema, acatando por isso o parecer recebido e não realizando a prova nas datas originalmente anunciadas", lê-se na nota de imprensa.
O HDES, em Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, algumas fora da região.
Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.
O executivo dos Açores instalou uma infraestrutura modular provisória enquanto projeta uma requalificação estrutural no HDES.