Regressaram de lesão e salvaram o SC Braga. Rodrigo Zalazar e João Moutinho foram decisivos e marcaram os golos que colocaram o conjunto minhoto na quarta eliminatória da Taça de Portugal (1-2). Pelo caminho ficou o 1º Dezembro, que deixou uma excelente imagem.
Desde cedo, o conjunto da casa 1º Dezembro mostrou ao que veio. Procurou jogar no campo todo e chegar, quando possível à área contrária. Evandro Barros foi o principal quebra-cabeças do lado caseiro: objetivo e sem medo de arriscar no um para um.
Contudo, a lei do mais forte, ainda mais tarde que o esperado, imperou. Os bracarenses estiveram perto - com um cabeceamento de Amine El Ouazzani ao poste - e marcaram depois.
Na sequência de um canto, quando as atenções estavam nas torres dos Gverreiros do Minho, o recém-regressado de lesão - Rodrigo Zalazar - apareceu de fininho e nem teve de saltar para endereçar a bola cruzada por Ismaël Gharbi para o fundo das redes.
Em desvantagem, sem nada a perder, o conjunto de Sintra insistiu em dar continuidade à boa imagem. Com o auxílio de algumas bolas paradas, o 1ºDezembro viveu o melhor período do encontro: remeteu o SC Braga para trás e rondou a área de Hornicek. Não houve grande perigo, mas ficou a intenção diante de um dos grandes emblemas do nosso futebol.
Contornos de susto apagados pelo veterano
Do melhor período do 1º Dezembro, o jogo mudou drasticamente para o melhor período do SC Braga, no pós-intervalo. No regresso dos balneários, os bracarenses entraram com a ordem de resolver a partida o mais depressa possível. Bem tentaram - nova bola ao poste e uma grande defesa de Fábio Duarte - mas o marcador teimou em não mexer.
Sem o engenho para fazer o placard mudar, o SC Braga tentou adormecer o jogo. Resultado? O empate. Gabriel Morais avisou uma, duas... e marcou à terceira! Após desperdiçar dois ataques rápidos, foi no canto que o avançado cresceu e, mais alto que todos, cabeceou para o 1-1 a 15 minutos do final.
O SC Braga nunca se encontrou depois do empate. Os jogadores do 1º Dezembro estavam fisicamente presos por arames, mas, quando tudo indiciava mais meia hora de jogo, a qualidade individual fez a diferença. João Moutinho, no último lance do encontro, cobrou um livre direto de forma exímia. A bola, sem hipótese de defesa, só parou no fundo das redes.
Houve o susto, mas não houve a surpresa. Graças ao icónico médio português, o SC Braga continua na Taça de Portugal.