Ditou o sorteio da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal defrontasse uma equipa de Liga, no caso, o Vitória de Guimarães, sendo que o duelo entre pacenses e vimaranenses está agendado para as 16.15 horas deste sábado, no Estádio Capital do Móvel.

O duelo prevê-se competitivo e bastante intenso, sendo que, no plano meramente teórico, os conquistadores poderão ter alguma dose de favoritismo devido à dimensão dos dois clubes e também pelo facto de, atualmente, os castores militarem no segundo escalão do futebol nacional.

Ricardo Silva, treinador do Paços de Ferreira, está ciente das dificuldades que a sua equipa terá pela frente, mas também não deixa de realçar que os pacenses têm condições para discutir o jogo e irem atrás do grande objetivo, que passa por carimbarem o passaporte para a 4.ª eliminatória da prova rainha.

«Vamos ter pela frente um adversário muito forte, como é o Vitória e que eu conheço bem, por razões óbvias e também por questões profissionais, e vai ser um jogo difícil, como é claro. Mas queremos que também seja difícil para o Vitória. Acho que a eliminatória vai ser repartida. O Vitória vem de um ciclo menos bom, mas é apenas um ciclo e não podemos olhar muito para isso. No fundo, queremos utilizar esta nossa motivação para conseguirmos ganhar e passar a eliminatória, que é aquilo que mais queremos. Respeitamos o Vitória, porque sabemos que é uma equipa com enorme qualidade, mas nós sabemos onde somos muito fortes e vamos tentar trazer isso para o jogo. Queremos ter o maior tempo de posse de bola possível, até porque as equipas ditas favoritas ficam um pouco desconfortáveis quando não a têm, e explorar os pontos menos bons do Vitória, apesar de serem poucos. Acima de tudo, temos de ser iguais a nós próprios», assinalou, na conferência de Imprensa desta sexta-feira.

O Paços de Ferreira vem de dois triunfos consecutivos - UD Oliveirense (2-0) e Torreense (1-0), ambos para a Liga 2 - e a equipa está, naturalmente, motivada para a receção aos vitorianos. Além do mais, acrescenta Ricardo Silva, a formação da Capital do Móvel tem, por direito próprio, o seu nome inscrito na história do futebol português, pelo que irá encarar o Vitória de Guimarães olhos nos olhos: «Espero que estas duas vitórias seguidas que somámos possam galvanizar os nossos adeptos, não só para amanhã, mas também para o próximo jogo do campeonato, diante do Vizela. Às vezes, também temos de perceber porque é que se ganha. Nos últimos 15 minutos do último jogo senti um entusiasmo forte nas bancadas e isso ajudou muito a equipa a ganhar o jogo com o Torreense. Sabemos que a responsabilidade está muito mais do lado do Vitória, por razões óbvias, mas também não queremos sacudir a água do capote e dizer que não temos uma palavra forte a dizer nesta eliminatória. Porque temos. O Paços tem os seus pergaminhos, tem a sua história, e isto também um pouco do resgatar do prestígio no nosso clube, que é considerado, e bem, um clube de Liga