O fim do relacionamento e consequente divórcio de Skakira e Gerard Piqué, há dois anos, foi um dos assuntos mais 'badalados' e comentados da altura e parece, na atualidade, ainda ter 'muita tinta para correr'. A separação da cantora e do ex-jogador foi e continua a ser alvo de capa de jornais, revistas, motivo para 'discussões' nas redes sociais e, claro, tema para uma série de músicas de sucesso da colombiana.

Os últimos álbuns lançados pela artista vencedora de numerosos prémios nacionais e internacionais direcionaram-se sobretudo a desabafos fruto da desilusão amorosa, críticas e ataques ao ex-companheiro, que preferiu manter-se em silêncio ao longo da polémica e que apenas recentemente falou acerca da separação e do início do relacionamento com a atual namorada, Clara Chía, alegando que "a verdade não foi bem contada" por Shakira.

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Poucos dias depois, eis que a cantora surge como capa da revista GQ México y Latinoamérica. Ao órgão decidiu voltar a falar sobre esta fase da sua vida que a marcou, tanto pessoalmente, como impactou a sua carreira, que ascendeu, graças ao lançamento de uma 'boa mão' de sucessos e se mantém de 'vento em pompa'. Prova-se através do seu mais recente single, Soltera, que comemora o seu mais recente status.

O último projeto discográfico, contudo, retratou todo o processo de cura após a desilusão amorosa, que, segundo Shakira em declarações ao GQ, ainda não terminou. "Não foi fácil reconhecer toda a vulnerabilidade que eu estava a sentir no momento em que escrevi este álbum e depois expor isso. Durante muitos meses depois da minha separação, fiquei em silêncio, a tentar começar a sofrer, mas não consegui realmente começar a sofrer até começar a escrever músicas. Foi a minha maneira de curar. E continua a ser. O luto é um processo que não é linear. Está cheio de picos e vales", disse a cantora.

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De recordar, por exemplo, hits como Te felicito até Monotonía. Este último, em parceria com Bizarrap, a apresentar um videoclip com imagens de Shakira a chorar num supermercado, sendo atigida no meio do peito e a procurar o seu coração no chão. "Nesse vídeo eu saio com um buraco no peito porque foi assim que eu me senti. Foi a minha sensação física. Quando escrevi Session 53 com Bizarrap, foi aí que comecei a sentir-me leve. Eu disse: 'Biza, sinto que estou a flutuar agora. Eu sinto-me como se estivesse a expulsar um demónio", contou à GQ.

Sobre Última, uma das canções de desgosto e de despedida em que a artista se obriga a aprender a estar sozinha, presente no seu seu novo álbum, Shakira teve também algo a dizer: "O amor como casal desiludiu-me. Afetou a minha idiossincrasia. É irremediável, pelo menos para já, que eu tenha perdido a confiança no outro. O processo de cura é longo, vou precisar de vários álbuns", brincou, em declarações, garantindo que com esta canção não conseguiu tirar tudo de dentro de si. "Há sempre mais escavações a fazer", deixou a certeza.

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Porém, há algo que tem ajudado a cantora colombiana nesta nova fase de vida a viver nos Estados Unidos da América: as amizades. "Percebi que a amizade é mais longa que o amor. Eu não sabia que era assim. A vida tirou-me um marido, mas deu-me tantos amigos... Nunca soube que era tão amada, tão querida, como pelos meus amigos. Eu tive que ter feito algo certo na vida para ter tantas pessoas que me amam. Também houve pessoas que me traíram, viraram as costas, explodiram por dentro. Pessoas que não estavam lá quando eu mais precisei. Mas para cada um que não estava lá, há mais cinco que estavam. Percebi que aquelas amizades que existem há 20 anos, ou mesmo as mais recentes e à prova de balas, são uma recompensa de vida. Quando há tanta dor, Deus aperta, mas não sufoca", desabafou ainda.