Além dos dois dias de greve, que prevê uma manifestação no primeiro dia, entre 5 e 15 de setembro uma caravana irá percorrer o país “na defesa da carreira médica e do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A FNAM avança também com a notícia de que uma delegação em Bruxelas irá reunir com deputados portugueses no Parlamento Europeu e com a Comissária Europeia para as questões da Saúde.
Estas são “as respostas da FNAM à má-fé e irresponsabilidade do Ministério da Saúde (MS) e do Governo”. O objetivo é também “ouvir os médicos e apoiar a que continuem a entregar as declarações de indisponibilidade para realizar trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano, demonstrando que é urgente uma grelha salarial justa e condições de trabalho dignas para todos os médicos no SNS”.
A estrutura sindical critica o facto de se ter chegado ao fim do mês de agosto sem qualquer resposta do MS relativamente à contraposta apresentada há 28 dias pela Federação sobre grelhas salariais, novo regime de dedicação e integração do internato médico na carreira.
A caravana começará no Porto, dia 5 de setembro, numa ação que decorrerá entre as 8h00 e as 10h00, à margem do 2º Simpósio da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre “O Futuro dos Sistemas de Saúde na era digital” [Future of health systems in a digital era]. Irá depois passar por Viana do Castelo, Braga, Bragança, Chaves, Penafiel, Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda, Viseu, Setúbal, Évora, Faro, até acabar em Lisboa, nos dois dias de greve nacional.
“Os médicos e o SNS não têm mais tempo a perder. A população em Portugal merece uma saúde universal, acessível, eficiente e de qualidade, e não pode continuar refém da incompetência do Ministério da Saúde e do Governo”, pode ler-se ainda no comunicado.
Texto: Maria João Garcia
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