Na última semana, os casos diários de covid-19, em Portugal, aumentaram de 126, no dia 6 de agosto, para 442, no dia 10 de agosto. Um aumento que, de acordo com os dados noticiados pelo Jornal de Notícias, corresponde a mais do triplo em cinco dias, ainda que o número de infeções registadas tenha vindo a diminuir a partir de dia 11 de agosto, e, até, de forma bastante acentuada no último sábado, tendo passado de 415, para 236.
Contudo, o último registo disponível no site oficial da covid-19, do Ministério da Saúde, que foi, ontem, consultado e noticiado pelo Jornal Público é do passado domingo, dia 13, data em que o balanço oficial atingiu o nível mais baixo de toda a semana anterior, com 196 casos.
Pneumologista e ex-coordenador do Gabinete de Crise contra a covid-19 da Ordem dos Médicos, Filipe Froes disse, em declarações ao Diário de Notícias, que este aumento pode ser explicado pelo surgimento da nova variante identificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a estirpe EG.5 do SARS-CoV-2, que se está a replicar rapidamente, mas também pela realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que reuniu centenas de milhares de jovens em Lisboa, tendo chegado mesmo ao milhão e meio de pessoas nas datas mais simbólicas do evento.
Contudo, o pneumologista salienta que “a esmagadora maioria” dos participantes da JMJ eram jovens e “não integravam os grupos de risco”, não havendo, por isso, motivo de preocupação. Mas sublinha que, por outro lado, a nova linhagem vem demonstrar que continua a ser necessário “vacinar os grupos de risco sazonalmente”.
Sílvia Malheiro
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