Membros do movimento talibã chicotearam hoje publicamente 28 civis, incluindo cinco mulheres, perante centenas de espetadores em duas províncias no norte e no leste do Afeganistão.
Vinte e sete pessoas foram açoitadas hoje frente a uma multidão, no Afeganistão, um dia após a primeira execução pública ordenada desde o retorno dos talibãs ao poder, cujo regime descreveu as críticas internacionais como "interferência".
O poder talibã realizou a sua primeira execução pública desde que voltou ao poder, em agosto de 2021, no Afeganistão, com a execução nesta quarta-feira de um homem condenado por assassinato.
O pedido desta organização não-governamental que zela pelos Direitos Humanos coincide com a reunião do comité executivo do COI que hoje decorre na Suíça.
O Parlamento Europeu (PE) denunciou hoje a deterioração dos direitos das mulheres no Afeganistão sob o regime talibã e assegurou que o respeito dos seus direitos deve ser condição para que a comunidade internacional mantenha contactos com os talibãs.
O líder supremo dos talibãs do Afeganistão ordenou que os juízes do país passem a aplicar todas as penas da lei islâmica contra "crimes graves", incluindo execuções públicas, apedrejamentos, açoitamentos e amputação de membros, anunciou o porta-voz.
As autoridades afegãs impediram hoje um protesto de dezenas de mulheres em Cabul contra a perda de direitos laborais e educacionais que lhes foram retirados pelo regime dos talibãs, disse uma das organizadoras.
Três mulheres afegãs que se manifestaram em protesto pela falta de direitas foram torturadas, detidas ilegalmente e ameaçadas pelas autoridades talibã, em Cabul, denunciou hoje a Human Rights Watch.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o "ataque hediondo" contra um centro educacional na capital do Afeganistão, no qual 19 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas, a maioria estudantes.
Alunas e professoras manifestaram-se hoje no Afeganistão para exigir a reabertura de escolas secundárias femininas, após saberem que os centros abertos no início da semana no leste do país foram novamente encerrados.
O atentado que ocorreu hoje junto à Embaixada russa no Afeganistão matou pelo menos seis pessoas, incluindo o segundo secretário e um segurança, anunciou o Comité de Investigação Russo, com base em informações preliminares sobre o ataque suicida.
Quatro crianças morreram e outras três ficaram hoje feridas no Afeganistão após um explosivo que levaram para dentro da escola ter rebentado, segundo as autoridades médicas e policiais.
Os talibãs comemoraram hoje o primeiro aniversário da retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão e do seu regresso ao poder após 20 anos de guerra, com cânticos de vitória e um desfile de equipamento militar ocidental abandonado.
Um ano depois da retirada das forças norte-americanas, "é difícil de imaginar" qualquer regresso à normalidade no Afeganistão sob domínio dos talibãs, que "não sabem governar", disse à Lusa a organização Freedom House.
O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, comprometeu-se hoje com a "perseguição de terroristas" a nível global, no aniversário do ataque ao aeroporto de Cabul no qual morreram 13 soldados norte-americanos e 170 civis afegãos.
Passou um ano sobre aquele 15 de agosto de 2021 em que a retirada dos últimos soldados americanos de Cabul fez o Afeganistão passar de uma frágil tentativa armada de democracia com modelo ocidental, imposta pelos estrangeiros, para a atual teocracia autoritária de tribo obscurantista.
Um ano bastou para o governo dos talibãs reverter duas décadas de progresso em direitos humanos no Afeganistão, acusou a Amnistia Internacional (AI) num relatório publicado hoje, denunciando "impunidade generalizada" para crimes como tortura e assassinatos por vingança.
Isoladas da vida pública pelas restrições ao trabalho e aos estudos, limitadas nas suas deslocações e na maneira como se vestem, as mulheres afegãs sofrem o peso do retorno dos talibãs ao poder.
Os talibãs anunciaram hoje que vão investigar a reivindicação norte-americana da morte do líder da Al Qaida, Ayman al-Zawahiri, que os Estados Unidos anunciaram ter abatido domingo com um míssil disparado a partir de um ‘drone’ em Cabul.
O presidente norte-americano Joe Biden está a ser elogiado pelo ataque de 'drone' que matou o líder da Al-Qaida, Ayman al-Zawahiri, mas também criticado pelo facto de o terrorista ter sido encontrado no Afeganistão.
O Governo talibã condenou hoje o ataque norte-americano em Cabul que matou, no fim de semana, o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahir, considerando ter-se tratado de uma violação do acordo de paz de Doha.