António Costa demitiu-se hoje do cargo de primeiro-ministro, dando por encerrada uma etapa que começou há quase oito anos, depois de se saber alvo de um processo judicial que investiga negócios do lítio e do hidrogénio.
António Costa demitiu-se hoje do cargo de primeiro-ministro, dando por encerrada uma etapa que começou há quase oito anos, depois de se saber alvo de um processo judicial que investiga negócios do lítio e do hidrogénio.
Em 30 de março de 2022, no discurso que fez na cerimónia de posse ao XXIII Governo Constitucional, o terceiro chefiado por António Costa, o chefe de Estado deixou um aviso público ao primeiro-ministro de que não seria "politicamente fácil" a sua substituição a meio da legislatura.
Os cinco detidos no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde vão ficar no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, em Moscavide, até serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial, disse hoje à Lusa fonte policial.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou que nesta legislatura, com maioria absoluta do PS, a eventual saída de António Costa do cargo de primeiro-ministro, que agora se verifica, levaria à dissolução do parlamento.
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), liderada por Filipe Santos Costa, foi hoje alvo de buscas no âmbito da investigação sobre negócios ligados ao lítio e hidrogénio, confirmou à Lusa fonte oficial.
O líder do Livre deixa claro que esta é uma altura do Presidente da República, salientando que Marcelo Rebelo de Sousa "conta com a confiança por parte do Livre para ouvir os partidos, ouvir o Conselho de Estado e tomar as suas decisões".
Partido de Nuno Melo diz estar "confiante em relação ao futuro e pronto para o desafio" se Marcelo Rebelo de Sousa decidir convocar eleições antecipadas.
Rui Tavares defende que seriam positivas para o Livre eleições antecipadas e garante estar "preparado para todos os desafios que se colocarem ao nosso país".
Após a demissão do primeiro-ministo, Marcelo Rebelo de Sousa vai convocar os Partidos Políticos representados na Assembleia da República para amanhã, quarta-feira, dia 8 de novembro, e convocar o Conselho de Estado, para quinta-feira, 9 de novembro.
"A situação era absolutamente insustentável; os dados que tínhamos, logo à primeira hora da manhã, indicavam que não havia nenhuma condição para António Costa continuar em funções", sublinhou Rui Rocha.
O país está a um passo de ir para eleições antecipadas e entrar no novo ano com um orçamento velho, já que com a demissão do Governo caduca a proposta do OE2024. Orçamento em duodécimos limita as despesas e os investimentos que o Governo faria em cada mês aos níveis, mais baixos, que foram executado
A bolsa de Lisboa seguia hoje com uma queda acentuada de quase 3% no índice PSI, após o primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado que apresentou a sua demissão ao Presidente da República.
Rui Rocha defende que, perante a demissão do primeiro-ministro, a única solução é a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas.
Em comunicado, a Presidência da República refere que o Presidente da República "falará ao país imediatamente a seguir à reunião do Conselho de Estado", que terá início às 15h00 de quinta-feira, 9 de novembro.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou ter aceitado a demissão do primeiro-ministro e convocou os partidos políticos e o Conselho de Estado para os próximos dias.
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) foi também um dos alvos das buscas no âmbito da investigação sobre os negócios do lítio e do hidrogénio, que levou esta terça-feira ao pedido de demissão do Primeiro-Ministro, António Costa.
Santos Silva diz que o Ministério Público "tem, não o dever, mas o poder de prestar esclarecimentos públicos sempre que entender sobre processos que estejam em curso".