O ministro da Educação anunciou hoje que as medidas apresentadas aos sindicatos sobre o fim de vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira docente vão abranger “no imediato 60 mil professores”.
O Ministério da Educação propôs hoje o fim de vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões para todos os professores que estão atualmente entre o 1.º e o 6.º patamares da carreira.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, admitiu hoje a suspensão das greves convocadas pela plataforma de nove organizações sindicais, mas reafirmou que a decisão depende das negociações e "está nas mãos do Ministério" da Educação.
A hora escolhida, 6:23 PM, é simbólica, remetendo para o tempo de serviço que foi retirado aos professores na progressão da sua carreira (6 anos, 6 meses e 23 dias).
Dezenas de professores estão acampados em frente ao Parlamento desde a aprovação do novo modelo de recrutamento e colocação de docentes e prometem continuar a lutar até o ministro acolher as suas reivindicações.
No Decreto-Lei n.º 15/2007 estipula-se que "o docente do quadro em efetividade de serviço docente tem direito a um prémio pecuniário de desempenho, a abonar numa única prestação, por cada duas avaliações de desempenho consecutivas com menção qualitativa igual ou superior a 'Muito bom', de montante a
A plataforma de nove sindicatos de profissionais de educação vai levar na quarta-feira os problemas dos docentes à representação da Comissão Europeia em Lisboa, pedindo-lhe que intervenha junto do Governo português.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, exortou hoje o primeiro-ministro a tomar em mãos o processo dos professores, considerando que o ministro da Educação mostra que "não tem argumentos" para superar esta instabilidade.
O ministro da Educação defendeu hoje que o novo regime de gestão e recrutamento de professores representa uma “reforma estrutural” que melhorará as condições de trabalho dos professores, combatendo também a precariedade.
O ministro da Educação manifestou-se hoje disponível para discutir a progressão na carreira e o tempo de serviço dos professores com as organizações sindicais a partir da próxima semana, admitindo que os temas estarão em cima da mesa.
O Tribunal Arbitral prolongou até ao final do mês de março os serviços mínimos que estão em vigor nas escolas para a greve do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP).